39 - O que está fazendo aqui?

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AMORA

Era difícil de acreditar que tudo aquilo era real..., para ser sincera, parecia que estava sonhando acordada. Para melhorar, não conseguia tirar o sorriso do rosto.

Fui correndo até meu quarto para escolher uma roupa que valorizasse meu corpo. Estava mais do que afim de impressioná-lo com meu corpo.

Antes de partir para meu banho, mando uma mensagem para Mahmoud, na intenção de colocarmos a conversa em dia. Estava com saudades daquele garoto! Sem dúvidas minha vida tinha perdido um pouco a graça desde sua saída.

Eu estava em êxtase. Era bom admitir meus sentimentos para mim mesma. O que aconteceu naquela porra de boate nem me incomodava tanto, mas sem duvidas não deixaria barato para aquele porco asqueroso do MC Mike. Por saber que minha palavra teria um peso bem menor que a sua, teria que arrumar algum jeito de expor o que aquele filho da puta havia feito. Para começar, na terça-feira, que é minha folga, iria até aquela boate, e daria um jeito que ver as imagens de segurança. Sem duvidas deve ter gravado algo e, para minha quase felicidade, ele estava muito fodido na minha mão.

Depois que escolhi uma saia jeans preta e um top da mesma cor, fui em fim me deliciar naquela banheira que podia chamar de minha. Não podia demorar, mas fiz questão de jogar alguns sais de banho. Fodemos umas quatro vezes, e eu estava exausta, portanto, o mínimo que poderia fazer, era relaxar um pouco com minha própria companhia.

Ouço barulhos de risada do outro lado do corredor e logo entendo que meu pai e Lázaro já haviam chegado. Janna tinha viajado com as crianças para a casa da mãe, em Maceió, deixando o marido livre, leve e solto para curtir as "férias" ao lado dos amigos.

Decido verificar o celular antes de atravessar o corredor. 23 chamas perdidas de Elioth e 458 mensagens. Reviro os olhos e respiro fundo. Ele tinha vacilado, mas não merecia ter sido chifrado daquela forma. Foi sujo da minha parte, mas não tinha mais volta. Como trabalhávamos no mesmo lugar, no dia seguinte, em nosso horário de almoço, colocaria fim naquele relacionamento fadado ao fracasso. Seu caminho estaria livre para ficar com quem quisesse, e quando digo quem, quero dizer Daniele.

Porém, reparo que, dentre tantas mensagens melosas e de pedidos de desculpa, tem algumas de Mahmoud, e prontamente visualizo, ansiosa por sua resposta.

E aí, gata! Tenho novidades! Vou amanhã para Cabo Frio. Posso ficar hospedado no seu apê?

Porra, Mah! Você ainda pergunta? É ÓBVIO que pode!

Saio sorridente em direção ao apartamento de Henrique. Porra, estava sentindo uma saudade fodida de Mahmoud! Ele viria no momento certo, porque eu estava precisando compartilhar as loucuras da minha vida com alguém o quanto antes, e ninguém melhor que ele para me ouvir.

Bato três vezes na porta e sou atendida por Lázaro, que me encara de cima a baixo e arqueia a sobrancelha. Porra, ele se comportava como um detetive profissional para saber se eu e Henrique estávamos nos envolvendo novamente. Isso era irritando para um caralho.

— O que está fazendo aqui? — cruza os braços.

Tento não revirar os olhos, mas é impossível.

— Ouvi a risada de vocês e interpretei que teria uma jantinha daquelas, juntamente a cervejinhas. Pensei que não precisaria de convites, afinal, meu pai está morando aqui — o afasto de forma indelicada —. Não sabia que vocês agora tinham um fiscal de porta — aponto para ele.

Larga de ser implicante, Amora! — Diz Henrique, já sabendo muito bem do porquê o amigo agir daquela forma.

Reviro os olhos e solto um sorriso debochado. Lázaro fecha a porta e vem em minha direção. Ele usava uma blusa florida, com uma bermuda caqui. Nunca havia reparado tanto, mas porra, o cara realmente era muito bonito. Henrique reparou que eu o encarava demais, o que fez com que minhas bochechas ficassem vermelhas.

Doce como Amora ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora