HENRIQUE
Passamos a noite de quinta-feira resolvendo como lidar com aquela situação em relação a empresa. Nossa sociedade é horrível, e tende a culpar a mulher por conta desse tipo de agressão. Não podíamos deixar Amora passar por aquilo, portanto, precisávamos juntar todas as nossas forças para que sua imagem não seja suja por conta de um mczinho de merda.
Precisei me segurar muito para não demonstrar o ódio que aquela situação me trouxe. Saber que alguém tentou tocar em Amora sem sua permissão revirava meu estômago de uma forma que pensei ser impossível.
A sexta-feira passou rápido, porque além de organizar uma coletiva de imprensa que aconteceu no mesmo dia, ainda estava ajudando nos últimos ajustes do Baile de Gala. Porra, minha ansiedade estava tão elevada que vez ou outra ficava com dor de barriga. Nunca quis tanto que Dani voltasse para que pudesse me acalmar.
Em fim sábado de manhã chegou e, com ele, Daniele. Acordei às cinco horas da manhã para aguarda-la na sala e, para minha infelicidade, a filha da puta só apareceu por volta das dez.
Assim que a porta se abriu, dei um pulo do sofá e fui correndo em direção ao barulho.
- Porra Daniele, finalmente! Tenho tanta coisa para te contar! Desgraçada, por que tinha que ficar tanto tempo fora? Porra, você vai morar no Brasil, caralho!
- Eita, Henri. Calma! - dá uma risada - Estava com saudades dos meus pais. Mas já estou aqui! O que houve? - Pergunta, dando-me um abraço carinhoso.
Dani usava uma calça jeans azul marinho, botas e blusa preta. Estava parecendo um cowboy, mas preferi não zoa-la naquele momento, pois precisaria do seu apoio. Não ganharia nada a deixando puta, por mais que fosse quase irresistível.
- Deixe suas coisas aí e vamos alugar a porra do meu terno. Vou te contando no caminho.
- Beleza! - ela deixa as coisas no sofá e vem em minha direção.
Não sabia por onde começar. Sei que ela me compreenderia, mas também tenho noção de que levaria um esporro de ter me envolvido com uma mulher comprometida.
Assim que entramos no carro e colocamos o cinto, não consigo dar a partida. Daniele me encara com a sobrancelha arqueada, tentando entender o motivo de minha falta de atitude.
- O que está acontecendo, Henri?
Respiro fundo e olho para cima.
- Eu e Amora transamos.
- Calma aí... Oi? Vocês foderam? E Elioth? - cruza os braços imediatamente,
- Não sabe - finalmente tomo coragem para olhá-la.
- E eles continuam juntos? - emburra ainda mais suas feições.
- Sim. Ela ia terminar com ele, mas os rapazes comentaram sobre minha bunda branca em cima de você na sala naquele dia, dai Amora se revoltou e decidiu fingir que nada aconteceu entre nós dois.
- Porra, está de sacanagem? Que garota infantil do caralho! - me dá um tapa forte no ombro - E você não explicou que foi um momento de carência dos dois?
- Ai, porra - passo a mão onde levei o tapa -! Claro que expliquei. Falei que não tínhamos nada, só que ela pensa que menti... Daí deu no que deu.
- Vocês são inacreditáveis! Ela é inacreditável! Porra, tem noção de que Eli está envolvido nessa punheta de vocês? E o pior é que ele nem sabe disso!
- Punheta? - Pergunto, confuso. Não conseguia entender o contexto daquele termo.
- Indo e voltando, Henrique! - faz o movimento com as mãos.
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Doce como Amora ✔️
RomanceAmora, filha de um dos meus melhores amigos, é quente como brasa e eu, após negar suas investidas, finalmente cedi e agora é como se fosse impossível evitar nosso contato. Nossos corpos combinam assim como vinho combina com um dia frio. Tudo começo...