Anna Clara
Eu me desesperei quando vi o Dg cair mesmo na minha frente, eu estava apavorada e foi uma sorte o PH chegar ate a gente. Viemos correndo para o morro, Ph sabia que não podia ir ate o hospital com DG poderia ser reconhecido. Ele falava com o Ph dentro do quarto e eu fiquei esperando a Vic.
Quando ela chegou estava assustada, parecia que tinha visto fantasma.
-O que houve?
-Nada, onde esta os meninos?
-Vic, seu irmão esta chamando. –PH saiu da sala dando passagem a Vic e eu fiquei sem entender nada, mas talvez eles só estivessem preocupados um com o outro. PH comprou um lanche pra gente, e confesso que estava com fome, todos esses acontecimentos e tudo, eu acabei não me alimentando bem.
Ana saiu minutos depois acompanhada de Rodrigo.
-Vamos pra casa.
-Vamos.
O caminho inteiro um silencio se instalou, eu não saberia dizer ao certo o que houve mas tinha coisa ali.
-O que houve? Estão todos estranhos!
-Nada ué, só cansada, muita cois para um dia amiga.
-Vic.
Ela não me respondeu e também resolvi me calar era o certo a se fazer.
Ao chegar em casa LC estava na nossa espera.
-Desenrola Fi
-É... Não vai gostar, pega ai.
-O que é isso Rodrigo.
-Coisa do morro.
-Posso ver.
-Não.
-Porque não porra.
-Ei não grita comigo, apenas perguntei, não vamos entrar nessa de mentir um pro outro de novo.
-Não estou mentindo
-Então mostra isso ai.
-Porra LC.
-Ei sou eu que quero ver.
-Você é muito teimosa. Toma.
O envelope não tinha nada escrito, então abri, eu não suportava mais saber que escondem as coisas de mim, mas quando vi as fotos eu enlouqueci, eram varias fotos minha, Vic, DG, PH e ate o Pablo tinha fotos.
Eu gelei, um bolo se formou em minha garganta, saber que eu estava ali correndo perigo me dominou.
-Não pode ser verdade
Vic já vinha da conzinha com um copo de água na Mao, essas fotos só mostram o quanto essas pessoas estão perto de mim, da minha filha.
-Rodrigo porque não me contou antes?
-Calma amor.
-Calma nada, eu e minha filha estamos correndo perigo ficando aqui, eu vou embora.
-Calma Ana
-Você sabia Vic? Não acredito que você sabia e não me contou.
-Eu vi hoje mais cedo, assim que descobrir pedi pra contar para você.
-Eu vou embora, isso tudo aqui é um erro, eu sabia que isso um dia ia acontecer só que não imaginava que seria agora.
-Ana aqui é mais seguro.
Eu ri, só podia ser uma piada, como aqui no morro era mais seguro. –Você só pode esta brincando, uma piada sem graça Rodrigo.
-A gente esta investigando, estamos em total alerta, nada vai acontecer com vocês. Eu prometo proteger as duas pensa na nossa filha.
-Você não esta em posição de prometer nada. E eu só estou pensando no meu bb agora.
-Ana aqui é mais seguro, por favor, desculpas por não ter te falado antes, por favor, não sai do morro! Eu não posso te proteger La no asfalto.
-Eu vou embora, estamos correndo risco aqui.
-Desculpas Vic, Rodrigo, mas não posso ficar
-Ana, por favor, não tira a minha filha de mim
-ELA NÃO É SUA FILHA! –Eu falei gritando, e no segundo seguinte eu me arrependi, vi a tristeza nos olhos de Rodrigo, como pude falar palavras tão duras pra ele.
-Mas eu a amo como se fosse, e você pode ter certeza que por vocês duas eu seria capaz de morrer. Mas eu não passo de um traficantizinho de merda né, como aquele babaca do seu ex-namorado falou. A patricinha achou tudo o que queria no morro e agora não precisa mais de mim, eu já entendi. Um dia a minha filha vai conhecer o pai dela, vai saber que eu a amei desde o inicio, eu sou bandido, já fiz muita coisa errada na vida, e você nem sabe do que eu sou capaz de fazer, de mim você só conhece o que eu deixo você ver. Mas eu sou muito homem, sou digno de ter o amor dela, porque eu a amei desde o dia que eu soube de sua existência.
Eu tinha o machucado, ele saiu e não olhou para trás, o Rodrigo sempre amou o meu bb, nunca me machucou com palavras cruéis como o Felipe fazia. Eu sabia que ele me amava e amava o meu bb, mesmo não sendo dele, na verdade ele sempre dizia que era o nosso bb.
-Ana vamos subir e tomar um banho, amanha vocês conversam direito.
Balancei a cabeça em sinal de negativo, eu iria embora, já tinha acontecido coisa demais pra um só dia.
-Preciso ir.