Rodrigo (DG)
Tinha que sair do seu lado, sentia que seria capaz de naquele momento agarra-la a forca e fazer voltar comigo para o morro. Mas não era aquilo que ela queria, eu tinha a machucado e por mais que eu quisesse ainda não tinha encontrado o responsável pelas as ameaças, redobrei sua segurança, era o que estava em meu alcance.
Meu radinho apitou, Fernando estava na boca principal, tinha informações dos caras. Tinha que descer e receber. Afinal informações sobre as ameaças era tudo que eu precisava para achar esse desgraçado que estava rodando a minha família e o quanto antes eu resolvesse isso eu voltava pra minha mulher e filha.
Cheguei na boca Fernando estava com a cara de bicho.
-Qual foi mano?
-Mulher é bicho doido.
-Conta a novidade
-Depois vir desenrolar o caó que você queria.
Ele desenrolou tudo, aquele pau no cu do ex da Ana estava levando informações pro canas e também pro morro da maré, não era de hoje que os morros vizinhos procuravam um brexa pra atacar.
-Todo mundo sabe da patricinha, o tal cara lá falou tudo, falou que ela esta grávida, que você é louco por ela. Todo mundo sabe da sua fraqueza.
-Ela não é minha fraqueza!
-Quem você quer enganar irmão, dar pra ver que você não ta bem, cadê ela? Aposto que esta no asfalto, você falou da ameaças e ela surtou, eu sei como tudo isso é assustador pra quem não nasceu aqui.
-Ta sabendo demais, tem uma patricinha ai também.
-Uma historia pra outro dia, mas agora vai buscar a tua mulher porque uma guerra esta vindo ai e precisamos proteger a nossa família.
-Eu não posso, ela não vai vir.
-Convence ela, trás amarrada, sei não amigo só faz.
Meu celular apitou no quanto da sala, e eu sei que não era boa coisa afinal quase ninguém tinha o meu numero.
Olhei o visor e meu coração apertou, era o motorista da Ana e ele nunca me ligava.
-Fala
-DG pegaram a Ana.
-Do que você esta falando, os aliados acabaram de falar que ela chegou bem em casa.
-Ele pegou a Maria, a machucou e o resto eu não sei, quando cheguei Maria estava caiada no chão.
-Ela não pode ter saído, ninguém viu nada
-Parece que não. O que vamos fazer, tenho que avisar os pais dela.
-Faça isso porque eu vou revirar esse Rio de Janeiro de cabeça para baixo ate encontrar ela.
Desliguei o telefone e Fernando já sabia do que se tratava, eu tinha sido idiota em ter deixado ela sozinha.
Agora ela estava correndo perigo e eu era o único culpado.
-Vamos acha-lo amigo
Ele saiu e eu corri ate minha casa, Ph estava lá e eu iria caçar, e qualquer um que entrasse no meu caminho iria morrer.
A noite já caia e não tinha um lugar que eu não tivesse ido, o morro estava numa baderna, cada beco e viela desse morro foi revirado, estamos procurando por X9s ou qualquer informação. O cara do BOPE esta na rua, os pais da Ana já foram informados e estão fazendo buscas também.
Eu estava louco, eu queria sangue, queria saber onde estava a minha mulher, e a cada minuto que passa eu só conseguia imaginar o que ela estaria passando eu iria torturar e matar cada pessoa que encostou nela, será que ela estava com fome ou sede.
Pensava em como estava a minha menina, com certeza ela estava com medo, ela saiu daqui apavorada, saiu daqui com medo. Ela não merecia esse mundo, ela não estaria em perigo se eu não tivesse entrado na vida dela.
A invasão já estava confirmada e a qualquer momento o fogueteiro avisaria que os idiotas estavam vindo. Peguei meu fuzil e mandei um salve de cima da lage, ali era o lugar mais especifico, ficava bem no meio do morro quem subisse eu tinha a visão completa.
E o fogo subiu ao céu, eu iria caçar, a noite seria longo mais no fim eu estaria triunfante no final. E comecei a derrubar, cada inimigo que aparecia eu matava, o sangue estava sendo derramado e o monstro que habitava em mim estava sedento por sangue.
O PH estava pior do que eu, estava com a cabeça a mil e ainda tinha brigado com a Vic, então estávamos na mesma sintonia para buscar sangue
Vi o exato momento em que ele atirou tantasvezes na cabeça de um inimigo que nem se quisesse conseguia identificar osujeito.
