Rodrigo (DG)
O que a Ana falou doeu muito mais que um tiro, eu sabia que ela não estava grávida de mim, mas eu amava aquela criança, eu amava as duas. Um sentimento de perda se instalou em mim, e eu não sabia o que fazer, preferir sair de perto dela antes que eu a magoasse, ela já tinha me magoado demais e não queria fazer o mesmo com ela.
PH me informou que estava indo deixa-la em casa, pedi para levar uma frota de homens, pedi também para eles fazerem a segurança dela. Mandei todos que não tinha passagem pela a policia, seria mais fácil eles ficarem por lá.
Dormir não seria fácil hoje. Bolei um back e sentei na varanda do meu quarto.
Avistei de longe um cara se esgueirando pelo o morro, estava de capuz e não conseguir ver o seu rosto, como estávamos em alerta eu achei importante da uma investigada, afinal dormir hoje não era possível. Ele sempre evitava as pessoas, já era tarde e tinha poucas pessoas na rua, mas mesmo assim ele evitava passar perto. Vi o exato momento em que ele deu a volta na casa do PH, e aquilo me atiçou ainda mais.
Mandei um radinho pro FDP do PH, ele estava quanse chegando ao morro, eu então falei o que estava vendo e ele disse que chegava em 5 minutos.
O cara olhou em volta e não avistou ninguém tirou alguma coisa do bolsa e em seguida entrou na casa do PH, eu gelei mano, afinal a tia tinha sido uma mãe para mim e Vic , não poderia deixar nada acontecer com ela.
Mandei um radinho para os moleques e caminhei devagar, PH já estava na entrada da casa dele.
-Quem é o cara.
-Não vi, estava de capuz.
Entramos devagar e aparentemente no andar de baixo estava tudo calmo, talvez a tia não estivesse em casa.
-Cadê minha mãe DG
-Não sei viado, vamos encontra-la.
-Eu vou matar o arrobado que encostar nela.
A chegar ao segundo andar começamos a ouvir conversas, não dava pra ouvir sobre o que estavam conversando, mas tinha alguém a mais ali.
Então decidimos entrar de uma vez, a porta foi aberta brutamente após o chute que damos e minha tia soltou um grito.
O cara estava em cima dela pulou longe já pegando uma arma, e a tia tava nua, eu automaticamente virei de costas.
-Que porra é essa mãe?
-O que ta fazendo no meu quarto Paulo Henrique?
-Não acredito Magrin que você ta abusando da minha mãe?
-Ta doido é filhão, você acha que sou homem de abusar de ninguém.
-Olha ai DG, esse cara ta me zuando só pode.
-Já mandei sair do meu quarto.
-Porra mãe se veste ai, e você também Magrin esse FDP ta de pau dura pra minha mãe DG. –Ele olhou pra mim esperando que eu falasse alguma coisa, mas eu ia falar o que?
-Me tira dessa irmão, pensei que a tia estava em perigo por isso vir aqui, mas ela esta bem, então não posso falar nada.
-PH
-Cala a boca Magrin se nos eu descarrego a minha Glock nos teus peitos arrobado.
-Chega Paulo Henrique, eu sou solteira, dona do meu nariz e não vou deixar você controlar a minha vida assim. Eu e Marcio estamos juntos.
-Ele tem idade pra ser o seu filho.
-Não me chame de velha seu mal criado.
-Porra DG você nem ajuda.
-Eu? Vou ajudar agora. –Peguei minha Glock e cheguei perto do vagabundo, o cara sustentou meu olhar, não me desafiou porque sabia quem mandava ali, mas ele não recuou como o PH achava que ele iria, o silencio era uma arma e eu sabia exatamente como usa-la mas eu não iria fazer mal a ele, só da uma pressa, gostava muito da tia e não queria vê-la machucada no final.
-Cuida bem da tia moleque, senão morre. –Eu comecei a rir em seguida, o PH estava com sangue no olho.
-Que porra é essa DG?
-Fica tranquilo PH, a tia tem razão, ela tem o direito de ser feliz com quem ela quiser. Bora parceiro porque a gente aqui esta é atrapalhando.
-Eu vou te arrebentar PH.
-Vai sim, mas lá em casa, a não ser que queira ficar aqui.
Eu saio arrastando o PH e a tia agradeceu, ele era meu irmão, mas às vezes era imaturo demais, eu não poderia proibir nada e nem a tia era mulher de coloca-la no bolso. PH sabia disso mais do que eu.
-Eu vou matar ele.
-Vai não, você vai aceitar, vai a deixar ser feliz.
Os caras já estavam na frente da casa, mandei vazar ai seguimos para casa.
Quando eu cheguei à casa a Vic estava nos esperando na sala.
-O que houve a tia ligou?
-Ah ela ligou.
-Ligou dizendo que vocês foram lá, ainda bem que já descobriram porque era muito chato ficar de olho em vocês.
-Serio isso Vic? Tu sabias dessa pouca vergonha
-Não me erra PH a tia é livre, tem mesmo é que ser feliz. Ela não ta morta não viu idiota.
-DG eu vou bate na Vic hoje.
-Vai apanhar aqui isso sim. Agora vou dormir por que as coisas estão só piorando.
Vi minha Irma me olhar triste, ela também estava sentindo falta da amiga.
-Falou com ela Vic.
-Ela apenas mandou uma mensagem dizendo que chegou bem.
-Amanha tento falar com ela
-Ih irmão, ela não vai te ouvir. Assim que cheguei ela pediu para o Pedro não deixar ninguém subir.
-Amanha é outro dia.
Subi para o meu quarto com a cabeça a mil, estava feliz pela a tia ter encontrado alguém, vivemos em uma vida de incertezas, a qualquer momento partimos dessa vida louca, então quando encontramos alguém temos que viver.
Deitei na cama e o cheiro da Ana invadiu o meu nariz, como podia ser que eu em tão pouco tempo estaria gamado numa patricinha do asfalto que veio e ganhou o meu coração.
Lembrei dela deitada numa nessa cama, de ficar horas e horas vendo o BB se mexer em sua barriga.
Lembrei do carinho que ela fazia em meu cabelo,de quando a gente fazia amor antes de dormir. Com ela era sempre uma novasensação.