Capítulo 42

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Anna

O dia amanhecei frio, não dormir direito com medo dele vir me drogar novamente, ele veio trazendo roupas e me levou ao banheiro, tomei uma banho rápido, tinha que achar uma forma de fugir.

-Estou com fome!

-Eu sei, vamos comer rápido porque seu pai esta preocupado.

-Você falou com ele? Ele acreditou que estou fugindo do Rodrigo?

-Claro que acreditou, aquele traficante não tem moral pra falar com o seu pai.

Não disse mais nada, minha cabeça estava confusa, papai sabia que Rodrigo não faria mal, o que estava acontecendo afinal, talvez fossem apenas uma desculpas para me ver e com isso me salvar desse babaca. Eu juro que nunca mais quero olhar para a cara desse idiota de novo.

Comi o lanche e seguimos de carro, paramos em frente ao hotel que mamãe e papai estavam hospedados, eu não acredito que estava aqui.

Papai estava no hall nos esperando, queria correr e abraça-lo, mas Felipe segurava o meu braço com força. Então caminhei devagar, precisava entrar no jogo do Felipe se quisesse realmente sair dessa.

-Filha quantas saudades estava de você. –Me abraçou, e como eu precisava daquele abraço paternal, fazia dias que não o via e sentir o seu abraço me trazia um conforto.

-Cadê a mamãe?

-No quarto meu amor, acordou indisposta.

-Quero vê-la

-Anna Clara, estamos fugindo lembra.

-Como esquecer

-Tentei te ligar filha

-Ela se livrou do celular, como lhe disse ao telefone Rodrigo esta atrás de nos e preciso manter minha família a salvo.

-Acho muito estranho ele esta atrás da Ana, e mais estranho ainda é sua preocupação por minha filha.

-É melhor você medir as palavras sogro.

-Não me chame assim, vamos filha ver a sua mãe.

-Estamos com pressa.

-Eu sei, mas a minha filha tem que ver a mãe, aguarde aqui.

-Negativo, vou junto. Ana me quer com ela. –Ele olhou diretamente pra mim, sabia que ali estava uma ameaça clara então não refutei, apenas aceitei. Seria melhor aceitar suas ordens por agora, ate achar um jeito de salvar os meus pais e a mim.

Entrei no quarto onde mamãe estava e a vi deitada na cama, ela parecia abatida mesmo, era apenas uma gripe mas mamãe sempre ficava de cama quando adoecia.

Conversamos um pouco, sempre sobre o olhar de Felipe, e não tinha como eu dar uma pista para onde esse louco pretendia me levar.

E após um almoço no quarto seguimos novamente para o avião. Estava com uma sensação de que estava sendo vigiada, pedir a Deus que o amor de minha vida estivesse aqui para nos salvar. Não tive como deixar pistas para onde iríamos afinal esse idiota não saio do meu lado, mas vê-lo me trouxe um pouco de paz.

Não entendi porque o Felipe quis ver os meus pais, mas alguma coisa não estava certo.

Mais uma vez levantamos voo e eu me sentir cada vez mais distante de tudo, não tinha mais certeza de nada só que minha vida seria um sofrimento se ficasse ao lado de Felipe.

AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora