A claridade entrou pela a janela e me incomodou, o sol estava se pondo e como a casa de Rodrigo é alta, tinha uma vista magnífica do fim da tarde. Me sentei na cama e meu bebe mexeu acho que foi a primeira vez que ele mexeu imaginei que poderia ter o agitado devido o susto que tive pela a manha, mas o doutor tinha me alertado sobre possíveis movimentos nesse período. Adorei a sensação dele se mexer, já conseguia imaginar como seria perfeito em meus braços e nesse pensamento Rodrigo apareceu ao meu lado. Não vou mentir que não sentia nada, queria muito encontrar alguém bacana que aceitasse meu bebe, que percebesse que já sofri o suficiente pra não me magoar mais, era complicado. Alem de tudo isso Rodrigo tinha uma vida perigosa, uma vida que só tinha dois destinos e me apegar a ele pra depois perder, isso me atormentava. Não poderia ser hipócrita comigo e não ver o que o Rodrigo representava.
Segui para o banheiro e tomei um banho e quando sai me assustei com Rodrigo sentado na cama cheirando minha roupa. Estava com minha camisola nas mãos, e ao vê-lo assim sentir um calor entre minhas pernas, não podia negar que ele me excitava, tentei ao Maximo afastar aquele pensamento, não poderia me deixar levar por um momento e depois ser feita de besta de novo.
-O que faz aqui? –Ele se assustou, acho que não oercebi quando desliguei o chuveiro e entrei no quarto.
-É... Eu... Estava te esperando
-Rodrigo não tem o que conversar...
-Espera me deixa falar, me deixa tentar pelo menos.
-Fala então. –Passou alguns segundos, tenho certeza que estava procurando as palavras certas pra falar.
-Ana, sei que não sou o que você pensava sei que estou errado com um monte de coisas, mas... Eu to vidrado em você desde aquele dia, começamos a conversar e tudo foi tão perfeito, sei que acha que não vai dar certo, mas você não quer nem tentar.
-Rodrigo eu estou grávida, carente e com hormônios a flor da pele. –Resolvi ser sincera.
-Então...
-Então eu não posso me deixar levar numa relação que vou me machucar, começamos do jeito errado, começamos, sei lá.
-Ana eu gosto de você, sei que você já sofreu demais e que não acredita muito nas coisas, mas eu queria que você pulasse e me desse à chance de te segurar.
-Rodrigo, eu vou cair e me machucar.
-Eu não vou te largar, sei que isso é muito novo pra você, muitas coisas que nunca tinha visto de perto, mas te garanto que se você conseguir ver o lado bom disso tudo. Conhecemos-nos no acaso e aqui estamos, vamos viver esse momento Ana, deixa eu te provar que você pode ser feliz comigo.
Ouvir aquelas palavras mexeu comigo, sabia que estava pulando e não tinha rede embaixo provavelmente ia me arrebentar no chão.
-Rodrigo...
-Não fala nada, apenas deixa... –Ele chegou perto e senti o seu perfume, sentir as suas mãos no meu rosto, e como um choque de eletricidade invadiu o meu corpo, não poderia fingir que não estava sentindo. –Eu sei que sou todo errado, mas somente pra vocês eu serei o certo. Não te prometo um mundo sem decepções, mas te prometo que quando te decepcionar farei de tudo para corrigir o meu erro e nunca vou mentir pra você.
-Eu estou perdida Rodrigo.
-Adoro quando chama o meu nome, sinto vontade de te beijar, de te abraçar.
Eu o abracei, tirei todas as barreiras que tinha construído e me deixei levar, o corpo dele quente a mãos percorrendo o meu corpo, me senti viva, amada. Não tinha mais forcas pra negar o que estava sentindo e então o beijei e o misto de sensação aumentou, os seus lábios duelavam com os meus e uma chama ardente crescia entre nos, os beijos começaram a exigir mais um do outro e tive que me afastar para recuperar o ar.
-Você me deixa louco, mas preciso me controlar.
-Concordamos com isso. –Ele encostou a sua testa na minha e sorriu e que sorriso lindo ele tinha, desde o dia que nos conhecemos eu sonho que esse sorriso fácil dele.
-Vamos descer a Vic deve esta atrás da porta ouvindo toda a conversa.
-Deve esta mesmo, e o PH dando cobertura.
-Vou me vestir e já desço, vai à frente.
-Não me importo de esperar aqui.
-Eu sei, mas vamos devagar.
Ele saiu e me senteina cama, estava passando tudo que tinha acontecido nesse quarto a pouco, aindaconseguia sentir os lábios dele no meu, o cheiro dele estava no ar. Não sabia oque iria acontecer de agora em diante, mas de uma coisa eu tinha certeza euestava me apaixonando pelo o dono do morro. Vestir-me e resolvi descer, agorairia começar as conversas animadas sobre nos.
