Sharp - Uma História Nova Espécie (Completa)

Capítulo 1.

Layla.

Minha irmã acabou de casar, estou muito feliz por ela, encontrou o amor da sua vida, um macho que cuida dela e a venera, eu vou ter a minha irmã pertinho de mim de agora em diante, parece que estou até sonhando, ela vem sorridente até mim para se despedir.

- Boa noite. – A abracei. – Parabéns pelo casamento, quero que você seja muito feliz. – Beijei seu rosto. – Curta a noite de núpcias. – Sorri de lado.

- Obrigada Lay. – Ela falou sorrindo. – E pode apostar que eu vou me divertir e muito. – Ela disse olhando de rabo de olho para o marido. – Você também se divirta.

- Eu já estou. – Mostrei a taça com um coquetel muito gostoso e com pouco álcool. – E você. – Me virei para Leo. – Parabéns pelo casamento. – O abracei.

- Obrigada. – Ele falou me abraçando sem jeito.

- E cuida bem da minha irmã. – Ele olhou dentro dos meus olhos.

- A Rach é a minha vida. – Eu via a sinceridade nos seus olhos.

- Ótimo.

Ela me abraçou uma vez mais antes de saírem do salão que estava decorado para o casamento. Peguei mais um coquetel e me sentei em uma cadeira vestida com uma roupinha, sabe aquelas cadeiras vestidas que tem nas festas, uma dessas, fiquei bebericando a minha bebida enquanto via o movimento. Me recostei na cadeira, meus pés doíam para um caralho e eu já me arrependi do dia que comprei esse scarpin, sei que tenho o pé largo, mas ainda insisto em comprar esse tipo de sapato que vai me apertar só porque acho bonito, bem feito pra mim, amanhã não vou conseguir colocar outra coisa nos pés que não seja uma pantufa, estico meus pés para a frente do corpo mexendo dolorosamente meus dedos.

Vi alguém sentar ao meu lado e virei meu rosto para ver de quem se tratava, Torrent estava ali sentado com um copo de café gelado nas mãos, acho que os Nova Espécies levam essa coisa de Millenium gostar de café a sério demais, pelo menos imagino que eles sejam dessa geração.

- Por que está sentada aqui sozinha? – Perguntou de forma gentil como sempre. – Não está gostando da festa?

- A festa está ótima. – Sorri olhando em volta. – Só queria... É.... sentar um pouco. – Falei sem saber ao certo como falar que sentei porque queria ficar um pouco sozinha, sem ser indelicada com ele.

Me mexi desconfortável na cadeira, sentindo meu pé doer, fiz uma careta voltando a me recostar, sentia os olhos de Torrent colocados sobre mim.

- Estou lhe incomodando?

- Não. – Me virei para encara-lo. – Estou com dor nos pés.

- Deveria tirar o sapato se está lhe incomodando. – Ele disse simplesmente.

- Se eu tirar vai ser pior, eu não vou conseguir colocar novamente. – Falei movendo os pés.

- É só não colocar mais. – Deu de ombro.

- Seria bom. – Me abaixe retirando os sapatos. – Liberdade. – Movi meus pés no ar aliviada com a sensação de tê-los livres. – Estava precisando disso.

- Eu detesto usar sapatos. – Ele torceu o nariz. – Aperta.

- Se você acha que os seus sapatos apertam. – Apontei para os seus pés. – Deveria experimentar os meus.

- Não, não mesmo. – Fez uma careta para os meus sapatos agora no chão. – Eles parecem bem desconfortáveis.

- Acredite. – O olhei. – São piores do que parece. – Sorrimos.