Capítulo 14.

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Sharp.

- Então vocês conseguiram capturar o tal do Greg no segundo esconderijo? – Falei parando ao lado de Trey.

- Sim, o pegamos. – Eu prometi a doutora que descansaria e o fiz por algumas horas, mas antes do raiar do sol estava de pé. – E vários arquivos que estão sendo analisados.

- Ele já falou alguma coisa? – Questionei.

- Não. – Slade quem respondeu. – Darkness está vindo para o interrogatório.

- Se aquele filho da puta não conseguir arrancar algo dele ninguém mais consegue. – Falei sorrindo.

- Realmente. – Slade me olhou. – Você está bem? – Olhou para o meu braço.

- Sim, foi apenas um arranhão. – Falei fazendo pouco caso do ferimento em meu braço. – Nada demais. – Ele confirmou com a cabeça. – Algum avanço com os papéis?

- Ainda não, por enquanto só burocracia. – Ele me respondeu. – Tinham algumas transações bancárias então mandei parte deles para a contabilidade analisar. – A irmã da doutora é quem cuida da contabilidade da reserva.

- O que eu posso fazer? – Não queria ficar parado.

- Tem alguns caras para interrogar ainda. – Flirt sugeriu. – Duvido que as doutoras gostem de ver você na segurança. – Acrescentou sorrindo.

- O Flirt tem razão. – Slade falou sorridente. – Trey acompanhe o Sharp.

Trey caminhou comigo em silêncio até que paramos nas salas de interrogatórios, depois de uma rápida conversa com os machos ali presentes adentrei uma das salas. Um homem com o rosto manchado de roxo estava sentado em uma cadeira, as mãos algemadas para a frente presas em uma argola afixada na mesa, parei em frente será ignorando a cadeira que estava ao lado. Apoiei minhas mãos no metal gélido e encarei seu rosto esperando que ele me olhasse, não demorou para que seus olhos cor de mel se fixassem me meu rosto, não proferiu uma palavra, eu também não o fiz, apenas o observei, como me ensinaram a fazer, ele estava começando a ficar visivelmente desconfortável com a minha atitude e isso só deixava suas expressões mais interessantes.

- Você ler mentes ou o que? – Se pronunciou depois de um tempo em silêncio.

- Não. – Sorri. – Seria bem útil não é? – Me inclinei um pouco. – Me pouparia ter que ficar conversando com um tipo desprezível como você.

- Então, por que estava me olhando? – Teve a coragem de perguntar.

Apenas levantei uma sobrancelha sem lhe dar resposta.

- Pode começar a falar o que sabe. – Deixei minhas costas retas cruzando os braços sobre o peito, a pele repuxou um pouco.

- O que eu sei sobre o que? – Minha mão coçou para socar a cara dele.

- Sério? – Falei com desdém. – Sobre a palavra de Deus que não é. – Ri sem humor. – Falei logo.

- Eu sei que você não pode me agredir. – Empertigou-se na cadeira.

- Sério? – Dei A volta na cadeira ficando ao seu lado. – Não posso? – Coloquei minha mão em sua nuca e empurrei sua cabeça em direção a mesa, mas seus braços impediram que sua cabeça batesse de encontro ao metal. – Até onde todos sabem você está morto ou foragido. – Soquei seu estômago o fazendo gemer.

- Você não pode fazer isso. – Ele guinchou com dor. – Eu tenho direitos.

- Você quer mesmo ir por esse lado comigo? – Mostrei minhas presas, fui ensinado a amedrontar qualquer um para conseguir informações. – Estou ficando irritado, muito irritado. – Me aproximei com um rosnado.

Sharp - Uma História Nova Espécie (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora