Capítulo 21.

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Layla.

Mais uma vez Sharp dormiu aqui, fizemos amor a noite inteira e foi maravilhoso como das outras vezes, ele é incrível na cama, sinto que estou ficando viciada nele, no seu toque, seu  cheiro, seu gosto, seus barulhos, nas sensações que ele me proporciona, ele é incrível e me mais os melhores orgasmos da minha vida. Mas como das outras vezes mal o dia raiou ele se foi dizendo que tinha que assumir seu posto na segurança bem cedo, antes de sair tomou um banho demorado lavando todo o meu cheiro do seu corpo, se vestiu e se esgueirou para fora do  meu apartamento sem ser visto, isso está começando a me incomodar, por que ele faz isso? Por que ele quer tanto esconder que esteve comigo?

Depois que ele saiu eu tentei dormi novamente, mas meus esforços se mostraram inúteis, desistindo de voltar ao sono afastei as cobertas me levantando e indo em direção ao banheiro, tomei um banho lavando a fina camada de suor que se alojava em minha pele e os vestígios da noite anterior, se ele não queria sair com o meu cheiro eu que não iria fazer isso. Vesti uma legging azul escura, um top do mesmo tom de azul e uma blusa laranja, calcei um par de tênis com confortável, amarrei o cabelo ainda úmido e sai para caminhar um pouco na esperança de me distrair das perguntas que invadem minha mente.

Primeiro caminhei pelas estradas, depois comecei a correr acompanhando a orla da floresta, o suor começava a se formar em minha testa, o cadarço do meu tênis desamarrou e por pouco eu não tropecei nos próprios pés, parei me abaixando para amarrar o cadarço. Minha prosição não era das mais honrosas com a bunda empinada para cima, mas não tinha mal algum nisso, pelo menos era o que eu pensava até ouvir um rosnado atrás de mim e me levantar assustada.

- Puta merda. – Praguejei lutando para não cair. – Porra. – Uma mão forte me segurou me firmando, me virei vendo os olhos penetrantes de Harley colocados em mim. – Harley. – Reclamei pelo susto que o contato me causou.

- Me desculpe doutora. – Manteve a mão em mim, me segurando próximo. – Não quis assusta-la.

- Tudo bem. – Tentei sem sucesso me afastar. – Eu estava distraída, obrigada por me segurar.

- Sabe doutora, você não deveria ficar nessa posição. – Senti meu rosto arder. – Pode causar um acidente.

- Acidente? – O olhei sem entender.

- Sim, se algum desavisado passar e ver sua bela bunda amostra pode perder o controle do carro. – Percebi que ele estava brincando.

- Harley. – Bati levemente em seu braço. – Para de brincadeira.

- Não estou brincando doutora. – Seu olhar ficou mais intenso. – Você tem noção do quanto é gostosa? – Se aproximou ainda mais. – Do quanto eu quero compartilhar sexo com você. – Estávamos tão próximos que eu podia sentir sua excitação.

Sentir seu membro duro pressionado contra mim, me fez lembrar de Sharp e querer me afastar de Harley imediatamente, senti como se eu estivesse feito algo de errado, porque naquele momento eu sentia que apenas o grande canino de olhos cinza e pele escura tinha permissão para me toca e sentir desejo sobre mim, ele era o dono dono do meu desejo.

- Harley, fico lisonjeada com o elogio, não sei bem se foi um convite, mas eu vou ter que recusar. – Consegui me afastar. – Tenho que voltar agora, preciso ir ao centro médico. – Sem esperar resposta eu me afastei.

Voltei a correr sem olhar para trás, não que eu estivesse com medo dele, jamais, eu sei que um deles nunca faria algo que não fosse do desejo de uma fêmea, mas a situação inteira foi bem constrangedora e me deixou ainda mais pensativa. Seria o Harley diferente dos demais? Porque Torrent apenas cogitou compartilhar sexo comigo quando estávamos a sós e Sharp sempre me trata de forma distante e sem interesse quando estamos em público, somente se aproximando de mim quando estamos a sós, mas Harley, não é a primeira vez que ele se tenta algo.

Sharp - Uma História Nova Espécie (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora