Capítulos 31.

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Sharp.

Não era fácil acreditar que eu estava vivendo aquilo, eu contei tudo para Lay e ela continuou me amando, eu quase a perdi por medo, quase deixei que a Mercile continuasse tirando pedaços de mim, mesmo agora que não estou mais em suas garras, eu chego a ficar envergonhado em pensar no quanto fui idiota, parte de mim nunca se perdoaria por ter feito ela sofrer do jeito que eu fiz, por ter causado dor a minha fêmea, por ter feito ela acreditar eu não a queria. Mas agora nós estamos juntos e ninguém pode nos separar. 

Ela se moveu em meus braços e sua respiração mudou mostrando que estava acordando, a olhei sorridente a luz da manhã que entrava pela janela banhava a sua pele a deixando quase reluzente.

- Bom dia. – Falou sorridente.

- Bom dia. – Beijei sua testa. – Estava esperando você acordar.

- Esperando pra que? – Um sorriso brincou em seus lábios. 

- Para lhe devorar. – Ela gemeu olhando em meus olhos.

- Gosto da ideia.

Beijei seu nariz, cada uma de suas bochechas, lábios, queixo, mandíbula, pescoço, eu senti sua pele se arrepiar a medida que meus lábios a tocavam, quando alcancei seus seios ela soltou um gemido manhoso, suguei seus mamilos que já estavam endurecido e ela gemeu de novo se mexendo sob mim, o cheiro de sua excitação fez meu corpo esquentar, beijei o vão entre os seios e fui descendo em direção a barriga deixando um rastro de beijos para trás, esfreguei meu nariz na pele logo abaixo do seu umbigo e inspirei fundo para sentir seu cheiro. Meus olhos se arregalaram ao sentir outro cheiro ali além do dela, fiquei estático por alguns segundos me perguntando se ela já sabia, levantei a cabeça para encara-la.

- Lay você já pensou em ter filhos? – Ela levantou a cabeça me olhando confusa. – Eu digo comigo, na gente ter filhos.

- Por que essa pergunta agora? – Me olhou estranha.

- Você não quer um bebê meu? – Senti uma pontada em meu peito doeu mais que o tapa que ela me deu.

- Claro que eu quero seu idiota. – Me olhou brava. – Só quero saber o porquê dessa conversa agora, nós estávamos quase transando.

- Porque tem um filhote nosso dentro de você. – Espalmei minha mão em sua barriga. – Eu senti o cheiro dele.

- Sério? – Ela se sentou parecia em choque. – Tá de brincadeira?

- Não estou, é verdade. – Engatinhei na cama até ficar ao seu lado. – Eu prometo que vou ser um bom pai pro nosso filhote e um bom macho pra você, vou cuidar dos dois.

Eu estava muito feliz com a possibilidade de ter um filho, mas a sua reação estava me deixando assustado, eu a amo e quero uma família com ela, ela me ama, mas e se achar que eu não serei bom pra criança? Se ela ainda não confiar em mim depois de toda a merda que eu fiz?

- Eu achava que era estresse por causa do casamento, da pesquisa e do tratamento de Becky. – Faz duas semanas desde que nos casamos. – Mas era tudo por causa da gravidez?

- Doçura, do que está falando? – Perguntei a olhando.

- Eu tenho estado mais sonolenta, com fome, senti alguns enjoos e tenho estado um pouco mais emotiva. – Ela me olhou, seus olhos estavam confusos. – Vem, eu preciso saber.

Ela se levantou indo diretamente para o banheiro, demorei um pouco segui-la, me encostei no batente da porta do banheiro a observando enquanto ela se movia pelo espaço fazendo suas higienes matinais.

- Você não está feliz com o bebê? – Ela parou com a toalha na mão, enxugou o rosto e veio em minha direção.

- Meu amor. – Tocou meu peito. – Eu estou muito feliz com o nosso bebê, mas Sharp em tenho um implante de anticoncepcional. – Ela já tinha me falado que está no controle de natalidade.

Sharp - Uma História Nova Espécie (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora