Capítulo 13.

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Layla.

Dei o último ponto fechando a incisão no ombro de Brass, ele tomou um tiro no ombro que comprometeu o osso, mas estará curado em breve com as drogas de cura que conseguimos resgatar da Mercile.

- Leve ele para o quarto e volte a administrar a droga em 4 horas. – Dei as instruções para Destiny.

- Pode deixar doutora. – Respondeu de pronto. – Devo continuar com os sedativos? – Me questionou.

- Sim, até amanhã pela manhã, assim ele se recupera melhor.

- Tudo bem. – Sai deixando ele cuidando do Nova Espécie.

Alguns Nova Espécie e membros da força tarefa chegaram feridos da operação de hoje mais cedo contra a equipe que atacou a reserva dias atrás, junto com eles alguns dos membros da organização criminosa vieram feridos. Cuidamos os prisioneiros para que estivessem em condições de serem interrogados. Quando sai da sala de cirurgia fui até o quarto onde Sharp estava com uma ferida no braço.

- Ainda não foi atendido? – Perguntei vendo seu braço com o mesmo curativo de quando chegou aqui.

- Não. – Me olhou com aqueles olhos cinza penetrantes. – Foi só de raspão, prefiro que cuide dos outros primeiro, meu ferimento não é grave. – Falou me olhando nos olhos.

- Todos já estão tratados, só falta você. – Me virei para puxar a bandeja de sutura para perto. – Bem. – O olhei. – Prelo menos todos dos nossos. – Percebi que seu sorriso se alargou quando eu falei isso, provavelmente se sente bem por saber que os homens estão sofrendo e eu não posso culpa-lo por isso.

- Algum dos prisioneiros está em estado grave? – Perguntou curioso.

- Apenas um com um tiro no abdômen. – Ajeitei os materiais que usaria. – Mas deve sobreviver.

- Espero que ele seja útil. – Pude ver algo sombrio em seus olhos.

- Eu também. – Sorri. – Demorei tempo demais consertando ele. – Peguei os produtos para limpar a ferida. – Tire a blusa.

- Nossa, mas já. – Comentou sorrindo. – Direta você doutora, gostei. – Sorriu de canto de boca e só então eu percebi que ele estava falando com malícia.

- Vejo que está em boas condições, já que consegue falar esse tipo de coisa. – Tirou a blusa ainda me olhando.

- Veja o que faz comigo doutora. – Sorriu.

- Deixa eu cuidar do seu ferimento. – Ele me mostrou o braço ferido. – Não foi uma lesão tão extensa.

- Eu falei. – O olhei em repreensão.

Ignorei seus comentários me concentrando em seu ferimento, a carne estava um pouco queimada e as bordas eram irregulares, mas a bala tinha pegado apenas de raspão. Limpei a ferida tirando alguns estilhaços, passei remédio, apliquei anestesia no local costurei, ele estava atento a todos os meus movimentos.

- Pronto. – Afastei a bandeja com os materiais. – Tome isso agora e o outro em 8 horas. – Lhe entreguei um comprimido agora e outro em 8 horas.

- Tudo bem. – Tomou o remédio. – Devo tomar somente os dois?

- Sim, deve ser suficiente. – Respondi. – Se continuar com dor tome mais um.

- Sim, doutora.

- Qualquer coisa pode vir ao centro médico.

- Ou na sua casa? – Sorriu de lado.

- Engraçadinho. – Sorri me afastando. – Algum outro ferimento?

Sharp - Uma História Nova Espécie (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora