Capítulo 16.

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Sharp.

Sentir o cheiro do Harley na doutora me deixou com vontade de arrancar os braços daquele macho imbecil, nunca me senti tão possessivo assim, mas não queria ele perto de Layla, só eu poderia deixar o cheiro nela, ela não deveria cheirar a mais ninguém. Travei com o pensamento que tive, ela me deixa doido de desejo.

- Não precisa se incomodar. – Ela falou quando falei que a levaria em casa.

- Você quer que outra pessoa te leve em casa? – Tive que conter um rosnado.

- Não. – Falou rápido se levantando. – Eu só não quero lhe incomodar, você não precisa ir embora só por minha causa. – Mal sabia que eu só estava aqui por causa dela, desde o dia em sua casa eu só pensava em fazer o que tínhamos começado. – Posso ir a pé.

- Eu insisto em levá-la. – Falei já me virando. – Você vai comigo, vamos. – Comecei a caminhar.

Ouvi ela se despedir das pessoas na mesa, eu apenas acenei e comecei a caminhar com ela ao meu lado, demorei um pouco para encontrar o carro que eu estava com a chave no bolso, por fim entramos no jipe. Esperei que ela colocasse o cinto de segurança para colocar o carro em movimento, ela estava relaxada no banco ao meu lado olhando para as árvores enquanto eu dirigia devagar pela estrada.

- Eu adoro o ar daqui. – Falei olhando para frente. – O céu também, tem mais estrelas.

- Sim, a poluição é bem menor aqui. – Ela suspirou. – Por isso eu gosto tanto daqui. – Parei o carro em frente a residência humana. – Obrigada. – Destravou o sinto e saiu, fiz o mesmo.

- Gostaria de subir com você doutora. – Ela parou se virando para mim. – Você não sabe o quanto eu estou com vontade de terminar o que começamos no outro dia. – Me aproximei.

- Sharp. – Sua voz saiu baixa. – O que você está falando? – Sua respiração estava levemente descompassada.

- Estou falando. – Me aproximei lentamente para não assusta-la. – Que eu quero compartilhar sexo com você.

- Você ... É... Você não... não queria... não queria nem dançar comigo. – Ela falou se enrolando com as palavras.

- Eu sabia que ficaria de pau duro no meio da dança. – Acabei com a distância entre nós. – Vocês humanos não tem vergonha dessas coisas? – Ergui uma sobrancelha. 

- Sim, mas... – Sua voz morreu quando eu segurei sua cintura.

- Diz que você não quer tanto quanto eu. – Colei nossos corpos, eu podia sentir o cheiro do seu desejo, podia vê-lo em seus olhos, mas tinha algo a mais que eu não soube identificar o que era. – Me mande embora e eu não volto a lhe incomodar. – Apertei de leve sua cintura. – Você quer que eu vá embora doutora?

- Eu... Eu... – Sua voz estava fraca, saindo em um sussurro. – Eu não quero que você vá. – Falou baixo.

Sorri de lado com a sua resposta, contente por ela ter aceitado compartilhar sexo comigo, me esfreguei contra ela, o atrito me fazendo rosnar, encaixei a cabeça na curva do seu pescoço, beijando mordendo e sugando o lugar, ela gemeu me deixando com mais desejo.

- Acho... melhor subirmos. – Falou o que eu tanto queria ouvir. – Se não a situação pode ficar embaraçosa.

- Vamos. – Falei em um rosnado.

Segurei sua mão a puxando para a porta, em poucos minutos estávamos passando pela porta do seu apartamento, fiz questão de trancar a porta, ninguém vai nos incomodar. Ela estava de costas pra mim com aquele vestido colado, delineando cada uma de suas curvas, que fez meu pau pulsar na hora que a vi no hotel. Em poucos passos estava posto em suas costas passando a mão pela lateral do seu corpo, apertei seu quadril.

Sharp - Uma História Nova Espécie (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora