Capítulo 10.

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Sharp.

Deixo que a água caia livremente por minhas costas carregando a tensão acumulada do dia, passei quase o dia inteiro saindo e entrando de interrogatórios com os invasores capturados no ataque. Não tive tempo de ir falar com a doutora ainda, para me desculpar pelo meu comportamento de ontem, preciso me desculpar com ela, deixei que as merdas do meu passado falassem mais alto e quase a machuquei. Quase machuquei alguém que só tem nos ajudado desde que chegou, se não fosse seu cheiro, seu corpo e aqueles lindos olhos verdes não sei o que teria acontecido.

Percebi que todos por aqui gostam muito dela, ela ganhou a confiança de todos segundo Brass me falou com trabalho, dedicação e lealdade a todos nós, por tudo isso e principalmente por reconhecer meu erro eu vou me desculpar, não fui procura-la assim que terminou o último interrogatório porque estava um pouco sujo, preferi tomar um banho antes.

Depois que terminei o banho e me troquei sai do hotel, peguei um jipe deixado a minha disposição e me dirigi para a residência humana onde ela fica alojada, desliguei o carro em frente ao prédio e fiquei ali parado por alguns minutos me perguntando como abordar o assunto, como me desculpar. Bato a cabeça no volante soltando um palavrão, me desculpar não deveria ser tão difícil assim.

- Pelo que me falaram ela é bondosa e compreensiva. – Falei sozinho. – Certamente será capaz de me desculpar.

Saio do carro por fim, caminho a passos largos até a entrada do prédio, olhei na placa ao lado do elevador para identificar o andar dela, apertei o botão, assim que as portas se abriram caminhei pelo corredor em direção a porta com um "K" de metal informando ser o apartamento correto, quando levantei a mão para bater na porta eu vou um grito abafado vindo de dentro do local. Alguém a estava atacando? Ela estava machucada? Sem pensar eu apenas forcei a porta que estava aberta e bateu na parede com força, olhei para os lados e nada encontrei, vi uma luz sair por debaixo de uma das portas que deveria ser um quarto e corri para lá abrindo a porta com força a fazendo bater na parede com um estrondo.

Ela estava sentada na cama virada para o lado e se virou para me encarar com seus incríveis olhos verdes mais expandidos que o que me lembro, as bochechas rosadas, o tom descia por seu colo, sua pele clara exposta por um vestido vermelho escuro fino e curto, as cochas grossas cruzadas, os seios quase saltando da roupa. Como se a visão dela seminua sentada na cama não fosse o suficiente para deixar meu pau pulsando duro contra a cueca, ainda tinha o cheiro, puta merda, seu cheiro de hortelã e laranja mais forte no ar, misturado ao perfume inebriante da sua excitação e sexo, a última constatação me fez querer rosnar, mas reprimi o rosnado.

- Qual o seu problema com portas? – Perguntou parecendo irritada e constrangida, ela puxou o vestido ajeitando as pernas, meus olhos foram atraídos pelo seu movimento e eu pude vislumbrar sua boceta que parecia livre de roupas, mas só vi por um segundo. – Sabe, não é muito educado ficar invadindo a casa dos outros. – Ela falou quando eu me mantive mudo. – Ainda mais o quarto e pra completar fica aí parado me olhando sem falar nada. – Inspirei o ar do quarto em busca de outro cheiro, o cheiro de algum macho, mas só tinha o seu.

- Me desculpe. – Falei saindo do transe que sua figura ainda meio ofegante pós orgasmo causou em mim. – Eu vim até aqui para me desculpar por ontem.

- E achou que seria interessante fazer isso invadindo meu apartamento? – Sua sobrancelha se ergueu em descrença.

- Não... – Minha voz sumiu quando ela se virou de costas pra mim saindo da cama e eu tive uma visão da sua linda e redonda bunda coberta pelo tecido fino, as coisas não melhoraram quando ela contornou a cama se colocando em minha frente com seus seios fartos chamando minha atenção. – Eu não ia invadir sua casa. – Me forcei a continuar. – Eu ia bater na sua porta quando ouvi seu grito, achei que tivesse sendo atacada ou tivesse se machucado e entrei para lhe ajudar.

Sharp - Uma História Nova Espécie (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora