Capítulo 2.

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Layla.

Como não vou para o centro médico hoje resolvi relaxar, fiz um chocolate quente e fiquei jogada no sofá lendo um livro que comecei alguns dias atrás e estou adorando, me identifiquei com a personagem principal, ela é médica como eu e se muda para uma aldeia para assumir a clínica local. Me entreti na leitura e quando vi já era de tardinha, terminei se ler o capítulo que estava lendo e resolvi caminhar um pouco, não tenho tido muito tempo pra isso ultimamente, normalmente vou correr acompanhada de uma das fêmeas Nova Espécie, mas posso ir sozinha e hoje é um dos dias que eu prefiro ir sozinha.

Vesti um top de tecido preto elástico grosso, como meus seios são um pouco grandes gosto de fazer exercícios com sutiã e top para balançar o mínimo possível, coloco uma legging da mesma cor do top e uma camiseta rosa pink soltinha e cavada, calcei minhas meias e tênis, amarrei os cabelos em um rabo de cavalo e estava pronta.

Paguei meus fones deixando a música em um volume baixo e confortável, desci as escadas saindo do prédio, comecei em uma caminhada lenta pela rua, fui aumentando o passo aos poucos até estar correndo. Em dado momento me pus a pensar no livro que eu acabei de ler, bem na hora que passei por um cavalo minha mente vagueou em uma passagem do livro e uma ideia meio louca brotou em minha mente. As ideias passavam rapidamente por minha cabeça e eu comecei a bolar um plano de ação, girei meu corpo e comecei a correr na direção do centro médico. Quando faltam apenas alguns metros para chegar eu começo a caminhar e controlar a minha respiração, paro do lado de fora do prédio, colocando as mãos nos joelhos e respirando fundo antes de finalmente entrar, mas assim que passo pelas portas da recepção Destiny me olha e vem ao meu encontro preocupado.

- Aconteceu alguma coisa? Você se machucou? – Ele segura meus braços e me olhando atento.

- Não, eu estou bem Destiny, obrigada. – Ele me olha com desconfiança. – Estava apenas correndo.

- Eu percebi. – Ele riu. – Mas veio pra cá achei que tivesse algo errado.

- Obrigada pela preocupação. – Toquei seu ombro. – Eu apenas lembrei de um assunto que preciso tratar com a Trisha, ela está atendendo alguém? – Perguntei.

- Não, hoje está calmo aqui. – Ele falou. – Ela está na sua sala.

- Obrigada. – Falei já me afastando.

- Por nada. – O ouvi dizer.

Passei na copa para tomar um copo de água antes de ir até a sala de Trisha, lavei o copo e caminhei até lá batendo na porta, ao ouvi sua permissão adentrei a sala, ela similar a minha, bem equipada, equipamentos e paredes claras e móveis escuros. A loira levantou os olhos que até agora fitavam a tela do computador a sua frente.

- Você não consegue se manter longe, não é? – Comentou rindo.

- Até parece que você é muito diferente de mim. – Sorri fechando a porta.

- O que a traz até aqui? – Questionou enquanto eu me sentava em uma cadeira a frente de sua mesa, grata por um descanso.

- Eu estava caminhando. – Comecei a falar.

- Meio óbvio. – Apontou pra mim. – Cansei aos as de olhar.

- Como eu estava tentando falar, eu estava caminhando e tive uma ideia sobre as fêmeas Nova Espécie não conseguirem engravidar. – Isso foi quase que uma benção, antes de serem libertos, pois a situação seria pior se elas pudessem engravidar eu não tenho dúvidas, mas agora é diferente.

- Como assim? – Ela perguntou.

- Então, eu vi um cavalo e me lembrei que mulas são estéreis. – Ela arregalou os olhos.

Sharp - Uma História Nova Espécie (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora