Nevio Falcone soube desde pequeno qual lugar ocuparia. Como o próximo Capo de Las Vegas, carrega consigo um sobrenome a honrar, assim como a responsabilidade de dar continuidade ao legado que já lhe fora construído. Governar seu território com uma m...
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Fazia quase dois malditos meses que havia acontecido aquela invasão, depois disso nada mais aconteceu trazendo à tona uma sensação de falsa calmaria.
Tudo naquela noite aconteceu rápido demais - ao fim da partida os carros retornavam para uma espécie de confraternização com música, dança, bebidas - e foi no meio de tudo isso que um tiro foi disparado por um carro que se infiltrou ali. Os gritos junto a correria foram iniciados, após as palavras de Massimo não esperei por ele, direcionei-me para o local da corrida o mais rápido possível. Meu foco mudou totalmente da conversa que estava tendo com minha mãe, eu apenas pensava na possibilidade de ter acontecido com Aurora e porra, se algo acontecesse me culparia para sempre. Minhas mãos se agarraram ao volante com uma força demasiada, não estava com meu coldre de armas, estava apenas com uma lâmina de faca na minha canela. Quando desci do carro mudei-a de posição, escondendo-a por dentro e transformando-a em uma arma de pulso.
Assim que desci meu olhar vagou ao redor a procura da figura feminina de cabelos loiros, mas eu não a encontrei em lugar algum. Posteriormente, Alessio me informou que a arrastou para fora da confusão, ao que indicava Roman estava consigo enquanto Dinara estava ao lado do meio-irmão Jurij na hora conversando, provavelmente tentando extrair alguma informação.
Adamo, Alessio e outro dois soldados conseguiram parar os invasores antes que fugisse em um veículo preto, dando tiros nas rodas traseiras. Dois ficaram desacordados após uma luta, mas o que estavam acordados recusavam-se a falar, principalmente aquele que aparentava ser o líder, ele exigia minha presença.
- Quem mandou você? - foi a primeira coisa que eu questionei diretamente para ele.
Um homem alto de olhos azuis e um cabelo loiro mediano sorriu, mesmo com o canto da boca suja de sangue recusando-se a falar. Minha paciência já estava à deriva para esvair-se, com minha canhota o ergui do chão pelo cabelo. - Eu te fiz uma pergunta, responda-me. - minha voz soou extremamente baixa, cortante como a ponta de uma faca afiada e autoritária. Mas quando isso não surgiu efeito, um sorriso sombrio estampou meus lábios. - Oh, não vai me dizer?
