- CAPÍTULO 17.

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❝ Uma princesa não chora

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Uma princesa não chora. Queimando como um fogo, você sente tudo isso por dentro, mas limpe seus olhos marejados porque as princesas não choram. - Princesses Don't Cry, CARYS.❞

- capítulo com conteúdo sensível, alerta de gatilho emocional, perda de bebê.

Possuía dias onde sentia que tudo começava mais fácil, outros começavam mais difíceis. Encarando meu reflexo contra o espelho, algumas lágrimas ameaçavam cair dos meus olhos azuis e eu não podia permiti-las cair, porque se elas caíssem acabaria desabando. Retornar para Las Vegas exigia-me uma grande carga emocional, muitas vezes questionei a mim mesma se ficar aqui teria alterado o curso de alguma coisa em minha vida. Contudo, eu estive onde deveria estar o tempo todo.

Como estava apenas com uma lingerie rendada, contornei suavemente a cicatriz fina do corte do corte da minha cesárea com meu indicador. Para alguém vê-la era necessário prestar uma atenção minuciosa, mas eu preferia escondê-la através de calças e saias de cintura alta, não por envergonhar-me dela, mas por ela significar meu segredo, além da minha dor mais genuína. A dor de um coração partido não se iguala e sequer passa perto da dor de perder um filho, ainda mais quando você não pode segurá-lo entre os braços, somente acariciá-lo devido sua prematuridade e vê-lo tão pequenino, quando sua risada ou sua voz são lhe negadas de serem ouvidas pela vida, mas você consegue ter a lembrança delas mesmo assim em sua mente, uma recordação agridoce de algo jamais vivido, experimentado.

No dia dezenove de janeiro de 2049, meu filho Ezio "Scuderi" Falcone - nasceu prematuro de seis meses através de uma cesárea no hospital de Chicago. Ele foi levado imediatamente para a incubadora onde recebeu todos os cuidados possíveis, mas sua fragilidade e a falta de resistência em seu pequenino corpo, seu sistema imunológico levou-o a óbito uma semana depois. Quando isso aconteceu gostaria de ter tido o abraço caloroso de mamãe e papai à minha volta, gostaria de ter sido amparada por eles, mas sempre seria grata por Valentina, Dinara, Ava e depois Ines terem estado comigo naquele momento tentando passar todo o conforto necessário, mesmo isto não aliviando toda minha dor interior.

By Feeling I Ruin.Onde histórias criam vida. Descubra agora