- CAPÍTULO 05.

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Antes

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Antes.
O meio gradativo do fim, parte IV.

A lembrança das bochechas coradas e os lábios inchados de Aurora não saíam da mente de Nevio por um instante sequer. O gosto dos lábios dela era doce, imaginou o quão mais doce ela poderia ser em outras partes do corpo. Sua inexperiência não foi um problema, muito pelo contrário, isso despertou uma certa onda possessiva adormecida nele, foi inevitável não sentir uma fisgada em seu íntimo. Quando ela o beijou pela segunda vez, foi a vez dela de tentar ditar um ritmo entre as bocas - este o qual foi correspondido por ele em uma luta silenciosa entre as línguas em busca de controle e rendição. Se fosse um costume de Nevio sorrir contra os lábios de alguém ele teria feito tal coisa, porque ele quase fez. Mesmo com sua inexperiência Aurora não era nem um pouco tímida e permitia-se ser guiada por sua curiosidade, instintos e desejo. Ter outras pessoas por perto mesmo que estivessem em um ponto afastado em uma das arquibancadas fizera-o agradecer e ao mesmo tempo amaldiçoar pelo mesmo motivo, a posição dos dois não permitiu que ele tocasse mais do corpo curvilíneo como desejava.

Com o beijo encerrado e as respirações ofegantes tentando se normalizar esperou previsivelmente uma pergunta dela sobre o porquê de tê-la beijado, mas ela não perguntou. Ela apenas sorriu enquanto seus olhos azuis brilhavam intensamente, aproveitando o momento. Isso poupou-o de uma resposta que nem mesmo sabia como dar, mas isso o intrigou por ser diferente do esperando. Usando em comparação Alessio e Carlotta quando se beijaram pela primeira vez a Bazzoli mais nova fizera inúmeras perguntas, não ter sido bombardeado por tais era estranho. O acontecido permaneceu naquela noite, nada mais que isso. Nos três dias sucedidos da noite no Speedway Aurora o evitou, não estava acostumado a ser evitado, geralmente costumava ser aquele que evitava.

Inerte em seus pensamentos não notou a presença dos primos adentrando em seu quarto, rolando os olhos pelo local Massimo fez uma careta notando a bagunça presente ali. Entre os três, sempre fora o mais certinho em termos de organização e limpeza. Enquanto se sentava foi o primeiro a arquear as sobrancelhas cruzando sua perna esquerda sobre a direita, Alessio por vez sentou-se de forma mais despojada com um sorriso irritante nos lábios sendo o primeiro a se pronunciar.

- Eu disse que ele estaria assim.

- Alessio! - Massimo resmungou em aviso revirando os olhos ao inclinar-se pra trás.

- Não sabem bater na porra da porta antes de entrar? - a voz de Nevio soou irritada.

- Eu disse que ele estaria nervosinho, viu só?

- Caralho Alessio, você está convivendo demais com o tio Savio pelos céus.

- Por que eu estaria nervosinho?

- Se fazer de sonso não combina com você. - o loiro esboçou um sorriso largo, um de seus passatempos favoritos era certamente provocar o primo.

By Feeling I Ruin.Onde histórias criam vida. Descubra agora