- CAPÍTULO 11.

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Antes

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Antes.
O meio gradativo do fim, final.

Quando o fogo morre só restas as chamas. ❞

Os gritos masculinos envolviam o ambiente. Ferozes em busca de mais sangue, desejando que àquela luta dois contra um se estendesse ao máximo possível. As mulheres que serviam alguns homens em maioria mantinham o olhar longe da gaiola, mas Aurora se atentava em cada movimento, até mesmo quando o sangue jorrava com a queda de um dos lutadores. Era uma questão de tempo para o segundo cair no chão, fazendo a vitória previsível de Nevio vir à tona. Ali dentro sempre fora o seu lugar de descarregar tudo o que sentia, mesmo a velocidade que encontrava nas motos fazerem isso de forma semelhante. Os motivos que levavam-no estar ali giravam entorno da notícia de Greta, mas aos olhos da loira a maneira como ele lidava com aquilo era tão ridiculamente impulsiva e infantil. Aos seus olhos ele não possuía vinte e um anos, possuía menos que isso.

Ela esperou até que a luta acabasse para segui-lo até os vestiários, não se importando o suficiente com os olhares masculinos voltados em sua direção enquanto fazia isso. Nevio pegou uma toalha branca para secar as gotículas de suor que escorriam por seu rosto, o uso de luvas de boxer tinha sido dispensado por si, dando lugar somente apenas as bandas de boxer ao redor dos seus dedos, ele queria o corpo mais cru contra seus adversários, ele queria sentir dor. Ele sabia que não estava sozinho, conseguia sentir a presença de Aurora atrás de si, mas preferiu agir como se não tivesse notado sua presença, não era um bom momento para ela estar próxima a ele. Principalmente com a forma como ela tentaria empurra-lo contra si, ela não precisava ser vigilante como Massimo para fazer tal coisa.

- Já sentiu dor o suficiente? - foi a primeira coisa que ela disse, conhecendo-a como conhecia, não precisava se virar para saber que ela estava com os braços cruzadas e com uma expressão irritadiça no belo rosto.

- Meus limites com a dor vão além dos seus.

- Eu tenho certeza que sim, mas me pergunto se isso muda alguma coisa pra você.

- Se muda ou não, isso diz respeito a mim. - ele finalmente se virou para encara-la. - Você deveria ir, não tem que dormir cedo para sua festa de aniversário de amanhã?

- Acho que ninguém está no clima para comemorar um aniversário, mesmo com a oposição de mamãe eu decidi adiar. - Aurora deu de ombros, desde o princípio não viu seu aniversário como algo surpreendente e grandioso. - E diz respeito a mim sim, eu me preocupo e me importo com você.

- Não quero que se preocupe ou se importe comigo. - seu tom foi mais ríspido desta vez.

- Isso não é algo que você pode mandar, é ridículo da sua parte dizer isso. Falando desse modo parece que você quer uma única coisa de mim.

- E o que seria?

- Não se faça de desentendido porque isso não combina com você. Sabe que o que eu quis dizer é o meu corpo, me foder.

By Feeling I Ruin.Onde histórias criam vida. Descubra agora