— Meu menino! Faz tanto tempo que não te vejo. Que bom que não perdeu a preferência. — o velhinho abre um largo sorriso — Mas então, vai querer o mesmo de sempre?
Mesmo de sempre? Franzo a testa por um momento, confusa.
Mas aí entendo. Sorveteria! Ele vinha aqui quando criança. Essa era a sorveteria. Por isso não queria entrar.
Quando saio dos meus devaneios, percebo que Jackson não está mais aqui. Foi para o lado de fora.
— Compreendo a saída dele. — Nolan murmura baixo. — Uma coisa dessas não é fácil esquecer... — acrescenta tristemente.
— Você pode me dar um de chocolate também? — pergunto distraída.
— Claro.
Eu coloco o dinheiro no balcão e pego a casquinha que ele acaba de preparar. E antes que eu pudesse ir, ele pergunta:
— Você é amiga dele?
— Namorada — sorrio gentilmente para ele.
— Oh, isso é bom. Isso é muito bom. — ele sorri — Cuide bem dele. Ele precisa de muito carinho depois do que aconteceu.
— Estou cuidando — digo carinhosamente — Bem, obrigada.
— De nada. Voltem aqui mais vezes.
— Vamos voltar.
Assim que saio da sorveteria, encontro Jackson sentado em uma das cadeiras da faixada. Vou até ele.
— Aqui. Pega — coloco o sorvete na sua frente e me sento também.
— Achei que tinha dito que compraria para você.
— Mas também comprei para você. Vai, pega.
— Não. Tira isso de perto de mim, eu não quero.
— Vai me deixar comer sozinha?
Ele dá uma bufada e pega o sorvete da minha mão.
— Obrigado — diz, e logo arranca um pedaço usando os lábios. — Maldito sabor da infância — ele me olha com os olhos marejados. — Ainda tem o mesmo gosto. Não consigo comer isso sem lembrar dela.
Chego perto dele e o envolvo num abraço.
— Me desculpa por te fazer entrar aqui.
— Você nem sabia que essa era a sorveteria, não precisa se desculpar.
— Quer ir para casa?
— Não... Vamos terminar os sorvetes primeiro.
***
Quando chegamos, Jackson bate a porta e larga as bolsas no chão. Ainda parece triste com o que aconteceu.
— Jackson?
— O que?
— Está tudo bem?
— Está. Por que não estaria? — ele franze a testa e força um sorriso — E essas coisas? Vai deixar no seu...
Eu não o espero acabar de falar e chego perto, puxando ele para um abraço.
— Quarto? — acrescenta.
— Depois.
Ele precisava de um abraço. Não disse com palavras, mas expressou com o olhar. E não demora muito para ele me apertar forte contra o seu peito.
— Eu sei que você está triste, não precisa esconder isso de mim. Ninguém é tão forte.
— Emma...
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O Inesperado Para Emma [CONCLUÍDO]
RomanceBonita, inocente e virgem, Emma Jones leva uma vida normal, até conhecer o atraente e bem sucedido Jackson Rhodes, seu novo colega de classe. E não demora muito para Emma se encontrar perdidamente apaixonada e aceitar esse romance. Oferecendo bondad...