Capítulo 16

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Puxo Jackson até a cozinha e começo a pedir para ele pegar os ingredientes no armário.

Sou muito baixinha, e o armário é muito alto, não consigo fazer isso.

Ele me passa os ingredientes, e eu coloco no balcão de mármore da cozinha.

— Por que precisa disso tudo? Vai fazer um biscoito gigante?

— Não — rio — Vamos usar um pouco de cada coisa.

— Ah.

Olho para o balcão. É... parece que já temos tudo que precisamos.

— Pode sair daí, já temos tudo.

Ele fecha o armário e se vira para mim.

— Então, o que vamos fazer primeiro?

— Lavar as mãos.

Lavamos nossas mãos, e voltamos a atenção aos ingredientes. É incrível. Pensei que faltaria algo, mas felizmente temos tudo.

— E agora?

— Me dá a manteiga.

Ele me passa a manteiga. Eu pego um pouco, derreto e coloco em uma tigela grande.

— E agora? — pergunta ansioso.

Peço para ele o saco de açúcar mascavo e o comum.
Ele entrega o açúcar comum, mas não o outro.

— E o mascavo?

— Não tem.

— Como não? Está bem ali — aponto com o dedo.

Ele olha para os ingredientes.

— Eu não estou vendo.

Me inclino e pego o saco de açúcar.

— Isso. Você que pegou os ingredientes e não lembra? — rio.

— Ah. Eu olhei rápido e... pensei que fosse farinha.

Ele se aproxima e eu começo a bater os ingredientes da tigela.
Termino de bater e paro para pensar. O que tenho que colocar agora? Ah sim, o ovo.

— Precisa de mais alguma coisa?

— Sim. Ovo. Um só.

Ele se vira e pega um ovo na geladeira. Quando volta para o balcão,  arremessa o ovo bem em cima da minha mão, e ele se quebra. Que filho da mãe...

— Que droga, Jackson! — exclamo.

— Nossa. Me desculpa. Se sujou? — ele ri.

— Você fez de propósito!

— Fiz — diz e continua a rir.

Isso não vai ficar assim!

Pego o ovo quebrado e jogo em sua camisa, deixando um grande rastro de uma marca molhada e transparente. Pronto, agora estamos kits.

Sem eu menos esperar, ele segura meus pulsos e me puxa, juntando seu corpo no meu. Tento me soltar, mas ele ainda segura meus pulsos.

— Nós não vamos terminar os biscoitos se ficarmos fazendo palhaçadas — murmuro irritada.

— Acha isso uma palhaçada? — ele balança a cabeça e olha para mim — Você fica tão linda quando está irritada...

Fico? Ai, meu Deus, e ele ainda me chamou de linda.

— Pode me soltar, por favor? — murmuro sem jeito. — Nós precisamos terminar de fazer os biscoitos.

— Tudo bem — ele me solta.

O Inesperado Para Emma [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora