— Já estamos chegando — Jackson avisa, dando uma olhada para mim — Parece que você também vai precisar de alguns cuidados... — diz, desviando o olhar para a minha boca. Ele franze a sua. — Me desculpe por isso. Não queria ter feito aquilo com você.
— Tá tudo bem. — falo despreocupada — Foi só um pequeno corte.
É só isso que eu posso dizer? "Tá tudo bem"? Nada está bem. Esse garoto é um cara totalmente maluco. Mexe com a minha cabeça como ninguém nunca mexeu antes. É esquisito.
Ficamos um tempo em silêncio, eu diria, absorvendo pensamentos. Até que Jackson vira uma rua e chegamos no estacionamento da farmácia.
— Eu vou com você. — ele se prepara para abrir a porta.
Desse jeito?
— Nada disso. Você fica aqui. Eu não vou demorar.
Ele franze a testa parecendo não entender, mas concorda.
— Tá.
Saio do carro e vou fazendo meu caminho até a farmácia.
Chegando, eu vejo um grande letreiro luminoso em cima da porta. Bem chique e moderno para uma farmácia...
Eu entro e vou à procura de cestas para pegar tudo o que preciso. Imagino que devem ter cestas por aqui, como em supermercados.
Mas a cada corredor que entro, não as encontro. E estou quase vendo o “desistir” como uma alternativa.
Então vejo ao longe o corredor de pomadas para assadura. E abaixo das prateleiras, posso ver pequenas cestas azuis empilhadas uma nas outras.
Abro um sorriso vitorioso.
Para quem não estava achando nenhuma, esse é o meu pote de ouro.
***
Agora que peguei tudo o que precisava, o que resta é pagar e dar um fora daqui.
— Mocinha? Há algum problema? — Um homem surge na minha frente.
Olho para cima e minha cabeça quase faz curva. O cara é alto demais. Diria que até mais alto que Jackson.
— Problema? Não, nenhum — respondo.
Ele olha para minha cesta.
— Precisa disso tudo só para limpar um corte no lábio? — dá risada.
— Não. Isso... não é só para mim. — dou uma risada nervosa — Eu tenho... uma pessoa — coberta de sangue... — me esperando.
— Entendo... Precisam de ajuda?
— Não. Não precisamos, obrigada.
Passo pelo homem com pressa e chego no caixa. Por que sempre tenho pessoas para me atrapalhar e se meter no meu caminho?
Pago as minhas coisas e saio da farmácia.
E assim que começo a andar na calçada, sinto alguém me cutucar. Me viro e vejo o mesmo homem que estava lá dentro. Que diabos!— Você deixou cair isto — ele abre a sua grande mão e na palma dela tem uma caixinha de band-aid.
— Ah, eu não vi cair. Obrigada.
Pego a caixa de sua mão e volto a andar. Eu realmente comprei isso? Pra que raios vou precisar disso exatamente?
— Que a senhorita me desculpe — começa o homem, me atravessando e parando na minha frente —, mas como está o estado da pessoa que está com você? — e vendo que não respondo e apenas franzo a testa, ele continua — Quero dizer, eu me choquei um pouco com a quantidade de coisas que você comprou. O seu acompanhante está bem? Eu sou médico, posso ajudar.
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O Inesperado Para Emma [CONCLUÍDO]
RomantikBonita, inocente e virgem, Emma Jones leva uma vida normal, até conhecer o atraente e bem sucedido Jackson Rhodes, seu novo colega de classe. E não demora muito para Emma se encontrar perdidamente apaixonada e aceitar esse romance. Oferecendo bondad...