Capítulo 13: Agnes

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Meu coração acelera como se quisesse sair pelo peito quando o Daniel me beija, há uma reação conflitante dentro de mim que me faz querer gritar contra seus lábios

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Meu coração acelera como se quisesse sair pelo peito quando o Daniel me beija, há uma reação conflitante dentro de mim que me faz querer gritar contra seus lábios. Minha cabeça diz que estou no caminho certo, se alguém vir o que estamos fazendo, elimino a Camilla de jogada, com um coração partido, assim como o meu ficou anos atrás. Já meus sentimentos se recordam de cada lágrima que eu derramei por conta das mentiras dele, enquanto o pobre do meu corpo carente e frágil reage à altura, cedendo ao seu toque sempre provocativo. Três partes de mim sendo abaladas por causa de um único beijo contra uma parede escura e fria.

Ele se afasta repentinamente de mim, e eu respiro aliviada, estou a salvo da minha própria confusão, mas o alivio não dura por muito tempo. Me viro para o lado e vejo os olhos magoados e raivosos do Pietro, me cortando mais que uma navalha afiada. Percebo o ressentimento em cada palavra dita por ele, ampliado pelas provocações idiotas do Daniel. Queria não me importar com o que ele está sentindo, não vim aqui para me importar com as pessoas, vim para destruir àqueles que me destruíram no passado... mas a verdade é que eu me importo mais do que imaginava.

— Eu vou atrás dele. – Murmuro, já saindo em disparada do corredor escuro, querendo reparar o que eu fiz.

O perco no meio das pessoas, olho para a pista de dança, esticando o pescoço a procura de um par de olhos azuis-acinzentados e acabo dando uma cotovelada em alguém.

— Aí, o meu champanhe. – Uma voz estranhamente conhecida reclama, dando um gritinho.

Me viro e dou de cara com uma Beatriz risonha, segurando a taça vazia da qual eu acabei de entornar todo o champanhe no chão. A vejo nas redes sociais, seu visual descolado não é uma surpresa para mim, entretanto, é diferente vê-la assim, tão próxima, tão diferente...

— Nossa. – Ela pisca algumas vezes me encarando. — Acho que já bebi demais.

— Me desculpa, moça. – Peço entrando no meu papel de total desconhecida.

Ela ri alto e nega com a cabeça.

— Cacete, eu sabia que não devia ter fumado àquele antes de vir.

Acho graça da sua reação, por um segundo ela parece a Bia que eu conheci, aquela personagem criada por sua família para parecer legal comigo.

— Não entendi a graça. – Murmuro, estreitando os olhos.

— Eu estou tão tonta que te confundi com uma pessoa que morreu há muito tempo. – Ela sussurra, em tom de confissão e olha envolta. — Tenho que procurar minha namorada, ou vou acabar dando um vexame. E eu sou uma Albuquerque, fazer escândalo em público está fora de cogitação.

— Ah.

Então ela acha que eu morri? Não me surpreende, afinal sua mãe iria me matar se eu não houvesse fugido. Isso só confirma que ela sabia de tudo e nem mesmo pensou em me alertar para que eu pudesse me defender.

Nunca Mais [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora