Capítulo 32: Daniel (Último capítulo)

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   Acordo várias vezes durante a noite acreditando que tudo não passou de um devaneio, um sonho criativo do meu cérebro, mas não, ela continua aqui

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   Acordo várias vezes durante a noite acreditando que tudo não passou de um devaneio, um sonho criativo do meu cérebro, mas não, ela continua aqui. Sua cabeça repousa no meu braço e sua respiração é leve, fazendo seu peito subir e descer tranquilamente sob meu abraço. Afundo o nariz em seus cabelos agora castanhos e respiro fundo o aroma, é real, e nada irá mudar isso, nunca mais.

Fecho os olhos e durmo mais uma vez, com a certeza de que quando amanhecer ainda estaremos juntos.

Sou o primeiro a despertar, como nos velhos tempos. Silencio o alarme do celular rapidamente, apenas para que ela não acorde também, a data no calendário mostra o dia primeiro de janeiro, o começo de um novo ano, o primeiro de muitos. Saio da cama e vou para o banho, sei que ainda temos uns dias livres até precisarmos voltar para a "realidade". Minha vontade imediata é de retornar para cama e continuar o que fizemos durante toda a noite, mas é melhor começar o dia direito, um café da manhã no jardim, quem sabe antes de começar as atividades mais intensas.

Me visto para ficar em casa e desço para conversar com a Romena a respeito da mesa no quintal, mas já há uma visita me esperando. Tenho que segurar o impulso de bufar irritado, só esperava ver o meu agente daqui a uma semana, e não em pleno primeiro dia de ano novo.

— Tim. – O cumprimento, estendendo a mão.

— Daniel. – Ele devolve o aperto, com seu sorriso de negócios. — Será que podemos conversar no escritório?

— Claro. – Concordo, coçando a nuca. O que ele quer logo hoje? — Vamos lá. – Digo, já o acompanhando em direção ao corredor que leva ao escritório.

A porta é a única da casa que fica trancada, junto as de saída e entrada, fiz isso, pois agora tenho uma criança em casa às vezes, e já vi como seu potente giz de cera sempre encontra o caminho daquilo que não pode ser rabiscado.

Entramos e eu ligo a luz, esse cômodo tem a cara e o cheiro da Camilla, por isso evito ficar muito aqui, me sinto preocupado com ela, e responsável por qualquer coisa que possa estar lhe acontecendo.

Torno a fechar a porta outra vez e ele se senta na cadeira de visitas, já abrindo a pasta gorda de couro preto.

— Imagino que seja um assunto importante. – Comento, me sentando do outro lado da escrivaninha.

— Muito. – Ele anuncia, feliz demais para ser algo preocupante. — Queria ter falado com você ainda ontem, mas evitei pelo clima de festas. Temos que ser rápidos. – Diz ele, e retira um tablet da pasta e alguns documentos.

— E o que está em jogo? – Questiono.

— Seu futuro profissional, é claro. – Tim diz como se eu ainda estivesse desatento pelo sono. — Recebi uma proposta há três dias do maior clube da América, eles querem te colocar como treinador do time de base. Sei que é diferente de trabalhar com o profissional, afinal os garotos continuam engrenando, mas acho que pode ser algo bom para ambas as partes, você adquirirá experiência, e eles irão receber os holofotes que sempre te acompanham.

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