Capítulo 23🍷Mentiras🍷

1.6K 194 14
                                    

Após o café da manhã, partimos de Palermo. Chegamos em Sambuca antes do almoço. Fomos direto para minha casa. Cesare continua insistindo em que eu volte a morar na mansão, mas me recuso a conviver no mesmo teto que Antonella Leone e ser tratada como uma intrusa novamente...

_ Conheço minha mãe. Ela é inquieta e insaciável. Em breve ingressa em outro cruzeiro e ficará fora por meses.

_ Mas você não tem certeza de quando isso irá acontecer. E não posso me mudar toda vez que ela retornar.

_ Não quero te deixar aqui sozinha. É arriscado com esses homens de Giuseppe por todo lado.

Encostado na ilha da cozinha de braços cruzados, Cesare me observa.

_ Mas agora estamos de volta à Sambuca, onde ele queria que ficássemos. Acredito que não tenha mais motivos para me seguir. _ Digo enquanto procuro alguns ingredientes.

_ Giuseppe está envolvido em todo tipo de sujeirada. Não o subestime. Ele é capaz de qualquer coisa.

_ Tomarei cuidado.

Abro uma das panelas. O aroma da comida invade a cozinha.

_ Nossa, sua comida está com um cheiro maravilhoso. Não sabia que cozinhava.

Cesare se aproxima do fogão, onde preparo uma refeição rápida para nós dois.

_ Aprendi no internato. E olhe que essa é uma refeição simples. Imagine quando experimentar um prato típico brasileiro! Acho que vai adorar o tempero.

_ Tenho certeza de que vou adorar. _ Cesare me lança um olhar insinuante.

Acabo rindo nervosa.

_ Ainda estamos falando sobre comida, não é?!

_ Em parte, sim.

Ele avança me fazendo recuar até bater no balcão da pia. Me espreme com seu corpo.

_ A comida vai queimar._ Sussurro sentindo a adrenalina percorrer meu corpo.

_ Problema resolvido. _ Cesare desliga o fogão.

Logo depois me segura firme pela cintura e me põe sentada no balcão com facilidade. Se encaixa entre minhas pernas. Os dedos engancham no cós dos  shorts e me puxa para si.

_ Está difícil me acostumar com a ideia de ter vivendo longe de mim.

Lentamente, ele vai depositando beijos em meu pescoço e colo.

_ Talvez seja bom para nós. Conviver no mesmo teto funcionava quando éramos apenas tutor e protegida. Agora pode ser mais complicado. Ainda mais para Pietro.

Enlaço seu pescoço com os braços e cruzo as pernas envolta de seu quadril.

_ E o que sou seu agora?_ Cesare me provoca com mordidas na orelha.

_ Namorado?

O encaro insegura.

_ Você é tão doce, mio angelo.

Dá uma risada rouca.

_ Ainda não notou que quero muito mais que isso?

_ Cesare, eu...

Ele abocanha minha boca. Solto um gemido involuntário. Minha mente esvazia toda vez que ele me segura dessa forma. Acho que nesses momentos sou incapaz de lembrar até meu nome.

Arranho suas costas por baixo da camisa pólo. Cesare solta um som que me faz lembrar um leão. Movimento os quadris levando-nos ao nível máximo de desejo.

 Sambuca di Sicília. Série Caminhos do destino. Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora