Capítulo 16

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Por mais incrível que pareça, acabei de receber uma mensagem da Mara pedindo que eu vá até uma das salas de aula. Fiquei tão feliz que me esqueci de perguntar o número da sala e por conta disso estou zanzando de um lado para o outro feito uma louca.

Alguma coisa segura em mim e me puxa rapidamente até uma das salas e fecha a porta.
Me assusto ao ver que é uma pessoa desconhecida com um capuz e óculos de sol.

— Quem é você?

Rapidamente tira seus óculos e capuz e isso é um motivo pra me assustar mais ainda.

— Meu Deus Mara, o que aconteceu com você?

Mano, a guria está com o cabelo todo pintando de verde puro.

— Isso eu que te pergunto.— Mara cruza os braços e sua expressão facial muda para decepção.— Só porque te propus que a gente trapaceasse? Porquê foi tão longe, Renata?

— Quê? Como assim, Mara? Do que você está falando?

Mara coloca uma de suas mãos na cintura e revira os olhos junto de um suspiro.

— Está todo mundo falando que foi você quem armou pra cima de mim.

— Mas que absurdo Mara! Que provas eles tem pra me acusarem de ter feito uma coisa dessas?

— Estão falando por aí Natinha, que te viram saindo do meu quarto ontem a noite antes do jantar.

— Sim por acaso eu fui pro teu quarto, ia te chamar pro jantar mas não te encontrei la. Pelo contrário, eu vi o...

Meu Deus! Não acredito, Tomás?!

— Viu quem?— Mara pergunta na tentativa de me fazer continuar.

— Não, ninguém. Eu fui lá, não te achei e sai. Juro por Deus Mara que não fui eu.

— Ah então quem foi? Se tá falando que não foi você então deve saber quem foi.

— Por Deus Mara, tem tanta gente por aí que me odeia e que se tivesse chance de me botar pra baixo não hesitaria.

Mara continua com os braços cruzados me olhando com cara de quem não está acreditando.

Me aproximo dela coloco minhas mãos em seus ombros.

— Eu só tenho você de amiga, juro que nunca faria uma coisa dessas com você.

Mara da um suspiro e finalmente vejo um sorriso em seus lábios me deixando aliviada.
Mara tira minhas mãos de seus ombros e segura nas mesmas.

— Sabe Renata, eu sou muito sensível com esse negócio de amizade então por favor não me decepcione.

— Claro amiga, eu nunca ou te decepcionar.— a gente se abraça.

— Mas assim, eu ainda tô muito brava por você ter preferido a derrota.

— Eu nunca disse que preferia a derrota, tá doida mulher.

— Ue, cê fala que não vai trapacear então vai perder.

Tento abrir a boca para contrariar mas ela continua falando.

— Mas como você é minha amiga eu vou te contar tudo o que vai acontecer hoje.

— Nossaaa, falou a vidente hein. Conta aí que já tou morrendo de curiosidade.

Mara caminha até uma das carteiras e se senta.
Enquanto isso eu permaneço de pé apenas encostada numa das paredes da sala de frente pra ela.

— Você vai competir no mínimo com 2 pessoas da tua antiga equipa, uma dessas duas partidas você vai ganhar mas vai ser bem cansativa com no máximo diferença de 1 ou 2 pontos e a última se tu não der o teu melhor vai perder feio. Mas se você se esforçar pode até perder com diferença de um ponto, mas vai perder na mesma.

Amor e OdioOnde histórias criam vida. Descubra agora