Capitulo 8

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— Oi!

Quase pulo da carteira quando  uma voz grossa e dócil ecoa sobre meus ouvidos tirando a minha concentração.

Olhos cor de mel, cabelo moreno e meio bagunçado, lábios meio carnudos e rosados, ta usando um brinco tipo argola  bem pequeno em sua orelha esquerda e  dois piercings na sombracelha direita. E o sorriso que esta estampado em seu rosto deixa qualquer mulher caidinha.

Esse é o Leonardo, o cara que certamente não conheço.

— Como você está?

Ele pergunta sentando numa carteira do meu lado.

— Morrendo ne.—falo.— Me assustando desse jeito.

— Foi mau.

Ele da um sorriso sem graça.

— O que faz aqui?

Pergunto.

— Vim falar com o Tomás ai vi você e vim dar um oi.

Reviro os olhos.

— Hora errada né, eu tou estudando e você está me atrapalhando.

— A gente pode se ver hoje?

Não acredito que ele ignorou o que eu disse.

— Mal te conheço garoto.

— E é por isso mesmo que quero um encontro com você. Pra gente se conhecer.

Ignoro o que ele diz e ignoro ele também continuando a rever a materia.
Que encontro, que o quê? A gente ta num colégio interno, não tem como fazer a porra de um encontro. Que cara idiota.

— Qual é Natinha? Eu sei que você tem um monte de duvida sobre mim assim como eu sobre você.

Agora foco minha atencão nele e o encaro sério por alguns segundos.

— É Renata, nada de Natinha. E ta, tudo bem. A gente se vê depois da aula.

Mais uma vez vejo o sorriso encantador dele.

— Qual o numero de teu quarto? Te levo la.

— Ficou doido? Hoje é segunda, é proibido ir pro dormitório feminino.

— Se ha uma coisa que me deixou famoso é fazer coisas proibidas.

Ele fala e da uma risadinha.
Mais um babaca!

— 24, esse é o numero do meu quarto. Te espero as 14h.

Ele se levanta.

— Aí...— olho pra ele.— Adoro seus olhos.

Pisca e vai embora.
Reviro os olhos mais uma vez.
Que babaca!

— Renata!

Outra pessoa chegou pra me atasanar.
Bruna.

— Eu.

Ela senta na mesma carteira onde tava o Leonardo.

— Você conhece o Leonardo?

— Infelizmente.

— Carai, mas tu so atrai gente linda heim.

— Gente otária e pé no saco isso sim.

Dou um suspiro.

— Aí, quando foi que você conheceu ele?

— No sábado... Na verdade foi ontem.

— Miga, você nem me contou o que aconteceu nesses dois dias que estive ausente.

— Ta Bru, eu conto pra você depois. Agora eu preciso estudar, a gente tem prova.

Amor e OdioOnde histórias criam vida. Descubra agora