Capítulo 30

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Conto até três e dou batidas de leve na porta.
Espero por alguns segundos e então escuto sua voz.

- Pode entrar.

Eu não sei o que deu em mim, meu corpo simplesmente agiu sozinho e veio até a enfermaria.

Abro a porta dando de cara com seus lindos olhos preto e azul.
Ela parece estar estranhando minha presença, mas permanece quieta e calada.
Continuo olhando pra ela deitada na cama com cara de sono.
Não consigo falar, meu corpo não se move e meu coração a mil.

- Renata.- seu nome sai com  falha de minha boca denunciando o meu estado.

Ela continua me encarando e sem falar um a sequer.

Dou dois passos em sua direção, porém continuando distante dela.

- Er... Como você está?- finalmente tiro algo decente da minha boca.

- Bem ... eu acho.- ela ainda parece confusa.

- Er.. eu não devia estar aqui.- me viro e seguro na maçaneta pronto pra sair.

- Tomás!- sua voz ecoa sobre meus ouvidos como se estivesse fazendo massagem e com isso sinto algo estranho em meu estômago, como de fossem borboletas.

POV Renata

Tomás se vira e então seus olhos verdes encaram os meus.
Eu quero pedir que ele fique, mas não consigo.
Não quero que ele saia por aquela porta.

A porta se abre e entra que eu menos esperava.

- O que faz aqui seu desgraçado?- Leonardo segura o Tomás pela camiseta.

Com um pouco de esforço consigo me levantar e caminho ate eles.

- Leo calma!- seguro ssy braço de leve.

- Calma nada! O que mais está pensando em fazer com ela, hein?

- Ele já estava de saída, Leonardo. Solta ele, por favor!

Leonardo solta ele bruscamente e então o Tomás vai embora.
Leonardo caminha ate a banqueta e senta.

- O que ele queria?

Caminho em passos lentos e me sento na cama com os pés pra fora.

- E-Eu não sei, ele acabava de chegar.- encaro meus pés enquanto balanço os mesmos pra frente e pra trás.

Sinto sua mão em meu queixo e meu rosto levanta me obrigando a encara-lo.

- Você ainda gosta dele?- engulo em seco.- Por favor Renata, diz que não!

Desvio o olhar.
Leonardo solta meu rosto e se levanta colocando as mãos em sua cintura.

- Eu não acredito nisso, Renata! Depois de toda merda que ele fez com você.

Não falo nada, ele tem razão.
Mas eu não posso mandar no coração.

- Renata, olha pra mim.- o obedeço.- Fala de uma vez por todas, você ainda gosta daquele filho da puta?

- Eu não mando no meu coração, Leo!- meus olhos umidecem.

- Sim ou não?

- Sim!

Agora sua expressão muda pra tristeza, seus olhos estão úmidos e ele luta pra que as lágrimas não caiam.

Ele da um suspiro e volta a se sentar.
Parece estar mais calmo, o está tentando ficar.

- Como está se sentindo?- ele muda de assunto.

- Com fome. Ja é hora do almoço?

Ele da risada.

Amor e OdioOnde histórias criam vida. Descubra agora