Capítulo 18

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Passo o lápis e depois o rímel bem devagar pra não borar.
Arrumo meu cabelo ajeitando o coque e por fim padso um perfume.
Olho as horas no celular e está marcando exatamente 7h.

Arrumo minha bolsa e levo uma jaqueta pois pode ficar frio ao longo da noite.

Alguém bate na porta, me olho mais uma vez no espelho e abro.

Diego me olha de cima a baixo e sobe novamente o olhar até meus olhos.

— Você está... divina.

Sorrio timido pra ele.

— Obrigada, vamos?

— Claro.

E então a gente começa a caminhar, só que os caminhos são diferentes. Nunca tinha passado por esses corredores antes e nem sabia onde ia dar.
Depois de mais alguns minutos caminhando a gente finalmente sai e vejo que é o estacionamento do colégio.

A  gente anda entre alguns carro e então ele para em frente a um Peugeot vermelho, muito lindo por sinal.

Ele destranca e abre a porta pra mim e eu entro.
Ele da a volta e faz o mesmo ligando de seguida o carro.

— Muito lindo seu carro.— ele olha pra mim e sorri.

— Você achou?

— É, achei.

— Mais lindo que eu?

Agora eu dou risada e ele também.

Ele arranca o carro e dirige pra fora do colégio seguindo então pelo asfalto.

— Então er... de onde você é?— Diego quebra o silêncio.

— Sou da África.

— Uau que chique.

— E você?

— Ah eu sou daqui mesmo, do Rj.

Faço sinal de "entendi" com a cabeça apesar dele não poder ver uma vez que está mirando a estrada.

— Posso confessar algo?— Diego olha pra mim por um breve momento mas logo volta sua atenção na frente.

— Pode.— respondo.

— Você é a morena mais linda que ja conheci.

Agora sim to fervendo a mil.

— Ah para vai.

— É sério, deve ser até a mais bonita de todo Brasil. Bom de todo Brasil não porque você não é brasileira, mas de todas as morenas que mora aqui você é a mais linda.

— Agora foi longe demais.— a gente da risada.

Depois de mais uns 30 minutos na estrada ele finalmente estaciona o carro em frente a um restaurante.
Embora eu tivesse essa dúvida me mantive calada o tempo inteiro mas agora decido perguntar.

— A gente não ia numa sorveteria?

Ele destrava o cinto e depois destrava o meu.

— Você passou o dia inteiro no skate, achei que talvez estivesse com fome.— ele sorri torto e eu sorrio também.

— Mas não se preocupe, a gente ainda pode ir numa sorveteria.

Assinto com a cabeça.
Diego sai e da a volta pelo carro abrindo a minha porta e assim que saio ele fecha e ativa o alarme.

A gente caminha até o interior do restaurante e fico admirada com o que vejo, é muito lindo.

— Uma mesa pra dois por favor.— a voz do Diego chama a minha atenção me tirando dos devaneios.

Amor e OdioOnde histórias criam vida. Descubra agora