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S/N

Estou sem acreditar na cena que vejo. Rafe Cameron está chorando como um bebê em meus braços.
Seus ombros e suas mãos tremem por causa do nervosismo e tento o abraçar mais forte por isso.
Quando entrei na sala e o vi tendo uma crise foi como se toda a sua brutalidade, arrogância e hostilidade tivessem ido embora e só existisse uma pessoa quebrada, desamparada e sozinha na minha frente.
Agora Rafe não está chorando mais mas ainda continua me abraçando e com o rosto escondido como se estivesse com vergonha.
- Você não precisa cuidar de mim como se eu fosse um cachorrinho de rua. — Ele diz quando se desvincula dos meus braços.
E lá está ele;  O cara grosso e prepotente de sempre.
- Qual a porra da sua nóia com cachorros de rua? — Pergunto já estressada.
  Rafe abre um sorriso tímido.
- Nenhum, um dia ainda vou até adotar um. — Ele fala pensativo.
- E ele vai fugir de você na primeira oportunidade. — Brinco e nós dois rimos um pro outro.
- Por que você estava aqui embaixo essa hora? — Ele pergunta.
- Ia preparar a massa de uma pizza que Whezie me pediu.
- Mas são quase 02h da manhã. — Ele pergunta incrédulo.
- Deus ajuda quem cedo madruga, meu amigo.
- E você, o que estava fazendo acordado? — Pergunto e vejo ele ficar desconfortável no chão.
- Eu? hã... Nada, insônia só. — Ele responde secamente a última frase e eu entendo como sinal de que o papo acabou.
  Levanto do chão e ele faz o mesmo.
- Boa noite, Rafe. Fica bem, tá? — Digo e já estou me afastando quando sua voz me faz parar imóvel no mesmo lugar.
- Estava indo atrás de você. — Ele diz e apesar de baixinho, consigo ouvir.
  Viro de frente pra olhar em seus olhos mas Rafe está fitando o chão.
- Como é? — Me certifico de que não escutei errado.
- Estava indo atrás de você. Vi só agora seu bilhete atrás do copo. — Ele levanta o olhar e um sorrisinho no canto da sua boca se forma.
- E estava vindo atrás de mim por que? — Insisto.
- Não sei porra, porque você tem que fazer tantas perguntas? — Ele diz e parece estressado.
- Porque quero ouvir você dizer. Então Rafe Cameron, porque você estava indo atrás de mim? — Digo e o encaro.
- Pra te agradecer. Pelo bilhete. — Ele mente.
- Mentira. — Retruco.
- Você não é o tipo de cara que agradece, Rafe. — Falo e caminho em sua direção .
- Me deixa em paz. — Ele diz e dá um passo pra trás ao ver que estou cada vez mais perto.
- Assume e eu deixo. — Dou mais dois passos.
- Nunca. — Ele fala sério, olhando em meus olhos e continua no mesmo lugar.
- Então faz. — Agora já estou tão perto que nossos corpos então praticamente colados.
  Rafe não responde mas me puxa pela nunca e gruda seus lábios nos meus. Sua língua desliza dentro da minha boca e sinto minhas pernas bambearem.
  As mãos de Rafe descem e descasam em minha cintura a apertando e puxando pra mais perto.
  Quando me dou por mim, Rafe me puxa pra cima de forma que entrelace minhas pernas em volta de si e agarra forte minha bunda.
  Agora que está me carregando, estamos praticamente da mesma altura e Rafe se aproveita para descer seus lábios, distribuindo beijos em minha boca, pescoço até chegar no meio dos meus seios.
  Puxo seu cabelo pra que possa olhar em seus olhos.
- Aqui não. — Digo com a voz fraca.
- Quer subir? — Ele diz quase como um sussurro por conta da respiração ofegante. Não preciso responder, apesar balanço a cabeça afirmante e Rafe entende o recado.


Rafe

  Estou carregando uma Pogue no meu colo, a levando pro meu quarto e não consigo nem por um segundo tirar minhas mãos dela ou desgrudar nossos lábios.
  Abro a porta com cuidado pra não fazer barulho mas no instante em que estamos lá dentro s/n ajoelha-se na minha frente, desliza as unhas em minha barriga, arranhando de leve, até minha virilha e enfia a mão gelada dentro da minha calça fazendo com que eu solte um gemido de prazer alto capaz de acordar a casa inteira.
  A safada sorri com minha reação e sua língua acaricia meu pau suavemente, concentrando-se na cabecinha.
  S/n inicia com movimentos lentos usando não só a boca, como também as mãos. Meu corpo todo reage ao seu toque e vibro de tanto prazer que essa mulher me proporciona.
  Puxo a garota pelo braço de forma que ela fique de pé novamente e a carrego no colo a direcionando para cama.
  Quando a jogo na cama tenho medo de que tenha se machucado mas ela abre um sorriso, arqueia as costas, joga a cabeça pra trás e aperta o lençol com força.
- Vem. — Ela ordena e sinto um arrepio pelo corpo inteiro.
  Tiro seu short de malha preto e me deparo com uma calcinha de renda preta absurdamente linda em seu corpo.
- Me recuso a tirar isso. — Digo apontando pra sua calcinha.
  Apenas afasto pro lado e passeio meus dedos por sua intimidade. Faço movimentos circulares lentos em seu clítoris e sinto sua vibração em meus dedos.
- Rafe... acelera... — Sua voz sai rouca e meu pau se endurece mais só de ouvir.
  E eu obedeço. Quero fazer essa mulher gozar na minha boca como nunca antes.
  Estimulo seu clítoris com os dedos ao mesmo tempo que utilizo a língua e quando sinto seu líquido descer, seu último gemido rouco, seus dedos puxando meus cabelos, seus quadris se virando e suas pernas apertando meu rosto dentro delas tenho certeza de que estou no paraíso.
  Antes que ela possa dizer ou fazer alguma coisa, abro a gaveta do lado da cama, pego um preservativo e encaixo no meu pau.
  Puxo seus braços pra que fiquem atrás de sua cabeça e aperto seu pulso com forma pra que ela não consiga se soltar.
  Entro com meu pau dentro de si e o sorriso que a desgraçada dá me leva a loucura. Jogo suas pernas em cima dos meus ombros pra que ela fique mais aberta e eu consiga socar mais fundo e com força.
  Sei que chegamos ao clímax juntos porque a forma como ela levanta e desaba as costas no colchão e pelo fato de que mal consegue abrir os olhos é a certeza de que preciso.

Levanto para jogar o preservativo no lixo do banheiro e quando volto ela já está se arrumando pra ir embora.
  Um estranhamento se forma em meu peito ao ver que ela já está pensando em ir embora e peço sem nem perceber.
- Fica. — Ela me analisa com um olhar estranho.
- Não. — Ela diz rispidamente.
- Por favor. — Estou quase implorando pra ela ficar???? Quando vejo que ela parou se subir o short e o derrubou no chão novamente um sorriso se forma no meu rosto.
- Tudo bem, mas eu fico com isso. — Ela pega minha camisa e a veste, ficando somente com blusão e calcinha.
- Ah mas eu gostei tanto de olhar pros seus peitos. — Digo brincando e ela levanta o dedo no meio e quando me dou por mim já estamos gargalhando alto e juntos.

Accident- Rafe Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora