Accident- Rafe Cameron

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*Quebra de tempo*

Rafe

- Atum, peixe, camarão, ostras... E todos aqueles frutos do mar que você pediu já estão no restaurante. — Falo avisando, entrando em casa e caminhando para cozinha.
  Emma está sozinha, toda padronizada de cozinheira, mexendo com as mãos alguma massa e sorri de orelha a orelha quando me ver.

- Oi pai. — Ela fala sorrindo.
- Oi amor. — Caminho por trás dela e deposito um beijo em suas bochechas.
- Cadê sua mãe? — Pergunto mas no mesmo instante s/n entra na cozinha.
- Cá estou eu. — Ela sorri pra mim e coloca as mãos na cintura, fazendo charme.
- Emma vai dormir na casa do John com Sarah e Pope. — Ela me explica e roubo um dos biscoitinhos já prontos.
- Estamos fazendo biscoitos para levar. — Emma fala o óbvio.
- Ah não me diga. — Finjo surpresa, colocando as mãos no peito.
- Isso quer dizer que... — Estou começando a falar mas s/n tapa meus lábios.
- Que o final de semana é só nosso... — Ela sussurra no meu ouvido, para Emma não escutar.
- Vocês são péssimos em guardar segredo. — Emma olha pra nós, segurando uma risada.
- Não fazendo nada que eu poderia está fazendo também, eu não vou ficar chateada. — Ela fala fazendo descaso.
- Agora tomar sorvete, assistir filmes infantis ou comer a jujuba de ursinhos que está no armário é proibido até segunda ordem. — Ela olha séria para nós.
- Eu sou a segunda ordem. — Ela termina de falar e todos nós sorrimos.
- Sem problemas, madame. — Falo sorrindo e distribuindo seu rosto de beijos.

☼

Deixo Emma na casa de John e mal fecham a porta e já escuto as comemorações pelos biscoitos.
Estou dirigindo de volta pra casa e pensando nas milhares de possibilidades que poderíamos fazer hoje.
Posso transar o dia inteiro com ela e fazê-la gozar em cada cômodo daquela casa mas tive uma idéia melhor.
Passo no mercado e providencio tudo que há necessário para a receita que S/a me mandou por mensagem e agora estou na cozinha fazendo nada mais, nada menos do que mexendo uma panela.

- Puta que pariu, vou acabar queimando tudo. — Falo frustrado ao ver que a de s/a nem de longe tinha esse aspecto de queimado ou esse cheiro de peixe morto.
- O que você está fazendo? — S/N pergunta confusa ao entrar na cozinha.
- Está cozinhando? — Ela pergunta incrédula.
- Estou cozinhando pra você. — Respondo, colocando o pano de prato nos ombros e me esticando para selarmos nossos lábios.
- Mas ao menos que você tenha, nem que seja um pingo de consciência, não vai comer isso. — Falo olhando o molho a minha frente.
- Não pode está tão ruim assim, deixa eu ver. — Ela pede e dou um pouco da colher para que ela possa provar.
- Hum... Falta sal. — Ela fala e se enfia na minha frente para poder salvar o almoço.
- Minha mulher-maravilha. — Falo abraçando sua cintura, beijando seu pescoço e fazendo-a sorrir.
- Prova. — Ela estende a colher e coloca um pouco dentro da minha boca.
- Dos deuses, minha deusa. — Sorrio de orelha a orelha.
- Jubileu tá estranho hoje. — Ela me olha confusa e eu gargalho alto.
- Agora não posso mais ser fofo com a minha mulher?
- Rafe, você não é fofo. — Ela me olha segurando o riso.
- Tudo bem então. — Falo pronto pra me afastar mas s/n me puxa para perto de novo.
- Eu gosto. — Ela fala com os lábios perto dos meus o suficiente para seu hálito doce fazer cócegas no meu nariz.
Sento no balcão da cozinha e admiro cada mínimo detalhe de s/n.
Amo ver s/n cozinhar, amo vê-la provando a comida, amo ver suas expressões de "não está bom o suficiente" ou "está bom pra caralho", amo seu sorrisinho e amo mais ainda quando finaliza a comida e me entrega a panela para eu aprovar ou não.
- E aí? — Ela me pergunta, ansiosa pela minha resposta.
- Muito... — Finjo cara de nojo e sua expressão vacila para triste.
- Muito bom, amor. — Sorrio e s/n suspira aliviada, me entregando um sorriso lindo nos lábios.
- Você arrasa em tudo o que faz.
- Eu sei. — Ela fala presunçosa e puxo sua cintura para selarmos nossos lábios.