Rafe
As palavras saem da minha boca e quando me dou por mim estou falando coisas que nem ao menos tinha me dado conta de que sentia, mas sinto.
Sinto tudo por essa mulher que não sei se sou capaz de expressar somente em palavras.
Quanto vejo suas lágrimas escorrem sei que estou fazendo a coisa certa, sei que pelo menos uma vez na vida não estou estragando tudo e uma esperança em meu peito se expande cada vez mais.
Já terminei de falar tudo o que preciso e a ansiedade percorre todo o meu corpo na espera de um sinal ou qualquer outra coisa que indique uma mísera resposta.
Mas ela não me dá. Fica imóvel na minha frente, fitado cada particularidade do meu rosto e quero beija-la agora mesmo, quero agarra-la em meus braços e fazer tudo o que ainda posso antes que sua barriga cresça mas me contenho pra dá o espaço que sei que ela precisa.
- Oi... — Ela se agacha lentamente e acaricia levemente o pelo do Golden Retriever que adotei mais cedo.
- Mike? — Ela fala confusa ao ver o nome do colarinho no cachorro.
- Mike não é nome de cachorro, Rafe. — Ela levanta a cabeça e olha na minha direção com um sorriso no rosto.
- Obrigada por tomar a atenção de tudo, Mike. — Me agacho do seu lado e agora estamos os dois fazendo carinho no cachorro que está deitado de barriga pra cima se divertindo com a atenção que está recebendo.
- Comprou essa casa pra mim? — Ela olha na minha direção e eu retribuo o olhar e o sorriso enquanto balanço a cabeça afirmativamente.
- Obrigada. — Ela diz baixinho no meu ouvido e acaricia de leve minha orelha.
- Tudo por vocês. — Respondo na mesma entonação e acaricio de leve sua barriga por debaixo da blusa.
S/n se joga em cima de mim e me beija com tanta intensidade que chama atenção de Mike atrás de nós, fazendo com que o cachorro se jogue em cima da gente também.
- Agora somos realmente uma família. — Ela diz gargalhando alto com o corpo colado no meu o que me faz sorrir da mesma forma.
- Sabe, eu estava pensando. — Ela diz subindo e descendo o dedo pelo meu braço.
- Essa casa aqui... — Ela beija meus lábios em um selinho doce e molhado.
- Tão linda — Outro beijo só que na minha bochecha.
- E tão nossa... — Seus lábios descem vagamente pelo meu pescoço e sinto todo o meu corpo se arrepiar de prazer.
- A gente podia aproveitar cada cantinho, sem se preocupar com barulho, se alguém vai pegar a gente no flagra... — Sua língua desce queimando todo meu peitoral quando s/n termina de falar e lambe de baixo pra cima a minha pele sensível debaixo da camisa.
Não preciso que ela diga mais nada pois já entrelacei suas pernas na minha cintura e estou levantando com ela carregada em meus braços pra outro cômodo da casa.
Estou subindo as escadas quando S/N sussurra tão baixo e tão gostoso no meu ouvido que sou incapaz de negar.
- Aqui. — Ela pede.
Deito seu corpo nos degraus e suspendo lentamente sua blusa para tirá-la.
- Sem sutiã? — Pergunto sem fôlego com a imagem de seus seios nus na minha frente.
Não deixo opção para resposta porque já invadi seus lábios novamente em um beijo feroz e rápido fazendo com que um gemido escape dos meus lábios quando paramos pela falta de ar.
Não preciso pedir, s/n já está desabotoando os shorts e o deslizando por suas pernas fazendo com que eu tenha a visão mais sensual do mundo.
Seu corpo estirado, as penas e seios nus, seus braços atrás da cabeça, a franja caindo sob os olhos e um sorriso tão divertido e safado nos lábios que enlouqueceria qualquer um.
Tiro minha blusa e estou perto de tirar os shorts mas s/n já me puxou pra si novamente e nossos corpos estão tão colados que nem percebo quando s/n sente a pressão do revólver em sua cintura.
- Rafe, isso é uma arma? — Ela pergunta com uma voz rouca.
- Baby, eu juro que vou me livrar disso. Mas eu precisei usar hoje, eu precisei porque... — Estou tentando explicá-la mas s/n entrelaçou suas pernas na minha cintura e me puxou tão forte, fazendo com que nossos rostos estejam tão colados ao ponto de sua boca roçar na minha enquanto fala.
- Usa em mim. — Ela pede e de início fico meio confuso mas o sorriso descarado que minha gata me oferece é de fazer meu pau pulsar.
Pego o revólver e desligo pelo seu pescoço, afastando os cabelos da região e passo minha língua da sua clavícula até sua orelha fazendo s/n gemer tão alto que tapo sua boca para que não chame tanta atenção dos vizinhos.
- Tá fraquinha, gata. Você já foi melhor. — Falo e o sorriso em seu rosto se escancara mais.
Desço o revólver lentamente pelo meio dos seus seios e seus mamilos enrijecem como resposta.
Levo minha boca até eles e desço minha mão até a barra da sua calcinha e enfio dois dedos enquanto chupo um de seus peitos com vontade.
S/n arqueia as costas e chupa o meu polegar com tanto tesão que preciso me controlar para não gozar ali mesmo.
Desço o revolver por todo seu corpo, deslizando cuidadosamente na barriga, na cintura e pernas.
- Vou colocar tanta bala na sua cabeça que nem Deus vai te reconhecer. — Sussurro em seu ouvido baixinho tirando um gemido rouco de seus lábios.
- Não acredito em Deus, fique a vontade. — Ela sussurra de volta com um sorriso fraco e gostoso nos lábios e não consigo me controlar mais.
Jogo o revólver no chão para longe e suspendo sua perna para encaixa-la em mim.
Tiro o restante das minhas roupas e não me preocupo com camisinha, não precisamos mais disso.
Deslizo meu pau vagarosamente na sua região e quero escuta-la implorar mas não sei se consigo esperar.
Desço meus dedos na sua intimidade para me certificar de que esteja com tanta vontade quanto eu e se precisa de algum estímulo mas a umidade que encontro é o suficiente para as minhas perguntas.
Enforco seu pescoço na mesma hora e força em que entro dentro dela e o grito alto que s/n dá faz com que um arrepio invada minha espinha.
- Te machuquei?. — Me certifico.
- Na... Não. — Ela quase não consegue terminar de responder então começo as investidas firmes e cada vez mais rápidas dentro de si.
Suspendo suas pernas até meus ombros para que S/N possa ficar mais aberta e o contato seja mais íntimo entre nós. Esfrego na mesma velocidade que minhas investidas seu clítoris e quando a vejo apertando com força os olhos, arqueando as costas, mordendo forte a lateral da mão e soltando um último gemido sei que chegou ao clímax na mesma hora que eu.
Fico com medo de me deitar em cima dela e de sufocar nosso filho ou de ferir suas costas que estão apoiadas apenas em degraus e deito ao seu lado na escada.
- Somos muito bons nisso. — Ela fala virando-se pra mim com um sorriso no rosto e o aspecto de cansada.
- Somos bons em tudo quando estamos juntos. — Falo com a voz fraca e selo nossos lábios em um beijo doce, calmo e lento.☼
Mostro o restante da casa para S/N que fica chocada com tudo e apaixonada por cada mínimo detalhe.
A explosão de amor em meu peito é tanta que hora ou outra me pego sensível o vê-la tão feliz com cada coisinha que toca.
- Obrigada, baby. Obrigada mesmo. — Ela fala enxugando os olhinhos marejados.
S/N já está ficando cansada então a carrego até o nosso quarto e sei que ela só não pulou e berrou como nos outros cômodos porque está morrendo de sono.
Deito a na cama e acaricio de leve seus cabelos para fazê-la dormir mais rápido. Quando sinto sua respiração pesada, sei que já está dormindo como um anjinho é que levanto cuidadosamente sua blusa para cima e fito cuidadosamente cada detalhe da sua barriga.- Oi, baby. — Falo com o ouvido em sua barriga tentando escutar algum sinal de resposta.
- Espero que a sua mãe não escute isso, porque hoje ela é o meu bebê que está carregando o nosso bebê. Parece confuso, né? — Falo e quando me dou por mim estou sorrindo abestalhado.
- Você hoje é só um feijãozinho mas daqui a umas semanas já vai tá fazendo a festa aí dentro e logo logo aqui fora conosco.
- Você tem pais que te amam tanto, filho. E não só isso, você tem uma família inteira que está torcendo e vibrando pela sua chegada.
- Eu não vou te prometer nada porque eu falho o tempo inteiro mas aqui dentro de mim, saiba que todos os dias eu vou ser melhor por você.
- Por você e pela sua mãe. Porque a sua mãe, filho ela é a pessoa mais incrível que eu conheço.
- É sério. Você tem que ver como ela é divertida e gentil. Ela tem uma risada escandalosa mas não é daquelas que doem o ouvido, são aquelas que fazem a gente rir junto, sabe? E quando ela sorrir os olhinhos dela ficam tão fechadinhos que só a gente chegando bem de pertinho pra conseguir vê-los. Isso sem contar nas covinhas lindas que se formam.
- Ah, ela cozinha tão bem. Eu não sei mas eu já consigo ver você correndo pela casa e pedindo "mamãe, mamãe, deixa eu provar" e ela vai te dá porque ela tem o coração mais lindo desse mundo e ela nunca consegue negar nada a alguém.
- Ela vai cuidar de você o tempo todo, vai está do seu lado sempre porque sua mãe, ela é dura na queda, você tem que ver.
- Ela desafiou um bandido, baby. Você acredita nisso? Ela é forte demais. Mas ela também tá morrendo de medo então eu preciso que você cuide muito bem dela quando eu não puder. Porque meu filho, você não podia ter uma mãe tão linda e tão dedicada quanto essa.
- Você nunca vai ser sozinho, porque nós estaremos com você sempre meu filho, sempre. Nós e a cambada de tios doidos que você tem mas que dariam a vida por você, eu tenho certeza.
- Se cuida ai de dentro porque aqui de fora a gente está contando os minutos pela sua chegada. — Termino de falar e quando me dou por mim já estou chorando com a testa colada na barriga e distribuindo milhares de beijos por toda região.
Escuto a fungada de choro vinda de s/n e quando levanto o olhar em sua direção vejo todo seu rostinho e olhos vermelhos por causa do choro.
- Nós vamos ter um bebê. — Digo baixinho me aninhando do seu lado, a abraçando por trás, pela cintura.
- Nós vamos ter um bebê. — Ela reafirma e a aperto mais forte pra perto de mim e estamos os dois sorrindo juntos, pela primeira vez, com a chegada do nosso filho.
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Accident- Rafe Cameron
FanfictionApós conseguir vaga na universidade, S/N Heyward se muda para Outer Banks para cursar seu tão esperado curso de jornalismo. Em busca de melhores condições de vida e sua estabilidade financeira, aceita o emprego de cozinheira na mansão dos Cameron'...