Após conseguir vaga na universidade, S/N Heyward se muda para Outer Banks para cursar seu tão
esperado curso de jornalismo.
Em busca de melhores condições de vida e sua estabilidade financeira, aceita o emprego de cozinheira na mansão dos Cameron'...
Estou apertando o copo com tanta força que o plástico partiu e o líquido gelado da cerveja desce sob minhas mãos mas nem dou importância. Meus olhos estão vidrados na cena de s/n e Topper se beijando, na minha frente. Suas mãos apertam e percorrem pelo seu corpo fazendo com que um embrulho no estômago e uma raiva se instale em meu peito. Estou com tanto ódio que poderia quebrar cada dente do filho da puta mas não preciso porque vejo s/n se desvencilhando, falando algo em seu ouvido e afastando-se mas antes entrega um sorriso ao cara de pau que teve a coragem de retribuir. Não sei porquê o beijo me incomodou tanto ou porquê preciso de explicações mas quando me dou por mim já estou indo atrás dela, carregando-a em meus ombros, à pressionando na parede e tirando satisfação.
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- Você pode fazer o favor de me explicar que porra foi aquela na área da piscina? — As palavras saem da minha boca antes mesmo que eu perceba enquanto seus olhos desafiadores encaram os meus enfurecidos. - Você pode fazer o favor de me explicar o que você tem a ver com isso? — S/n revida com um sorriso divertido nos lábios. - O topeira do Topper? JURA? — Pergunto agora tão incrédulo quanto sério. - Você já foi melhor. — Falo me aproximando mais e apertando minha testa contra a dela. - Você também. Fazer essa ceninha aqui é dá dez passos pra trás. — Ela fala tão perto dos meus lábios que consigo sentir seu hálito doce na minha direção. - Você está com ciúmes. — Ela diz olhando em meus olhos e seu sorriso se escancara. - Não estou. — Falo rispidamente cerrando os punhos atrás de sua cabeça. - Então o que é isso aqui, Rafe? — S/n praticamente grita e fala tão séria quanto eu. Seus olhos percorrem meu rosto por inteiro e sinto minha pele pegar fogo. Sei que está esperando uma resposta minha mas só a hipótese de ter que falar tudo o que se passa na minha cabeça sobre nós me faz suar frio. - Você é fraco, Rafe. Não sou seu morde e assopra, não sou clínica de reabilitação, não vou ficar esperando a sua boa vontade de finalmente dizer o que quer comigo porque estou cansada dessa tensão sexual o tempo inteiro sendo que VOCÊ disse que queria apenas amizade, VOCÊ RAFE; VOCÊ. — Ela grita comigo e tenta dá um passo a frente pra tentar sair da pressão do meus braços mas assim que tenta seus pés vacilam e eu seguro sua cintura e a empurro pra trás de novo. - Não posso ser só seu amigo. — Digo como um sussurro e tento olhar em seus olhos mas s/n desvia a todo custo. - Quando disse que queria só amizade foi pra te manter longe. Você já viu a droga da minha vida, gata? Já viu como sou quando não estou do seu lado ou quando estou com raiva? Eu explodo, desconto, extrapolo, fico fora de mim e eu nunca... — Minha voz vacila e s/n segura meu rosto e olha nos meus olhos me encorajando a continuar. - Eu nunca me perdoaria se encostasse nem que fosse um dedo em você ou se eu machucasse esse rostinho lindo. — Roço nossos lábios e seu cheirinho é tudo o que preciso pra continuar. - Eu sei que estou perdido, s/n e tudo bem se você quiser ficar longe de mim porque as vezes nem eu quero me encontrar; Há espaços aqui em que nem mesmo eu me encaixo e eu nunca poderia exigir isso de você. - Me flagrei observando cada detalhe teu e gravando em mim, assim como quem não quer nada... só que eu quero muito, quero você aqui comigo porque eu sou uma versão melhor do seu lado. — Meus olhos lacrimejam e s/n passeia o polegar sob e enxuga as pequenas gotículas de lagrimas que estou segurando a todo custo para não descer.
S/n fica na ponta dos pés e quando seus braços entrelaçam minha cintura, eu descanso meu rosto em seus pescoço e choro ali mesmo. - Você está desesperadamente tentando se recuperar ou achar conserto mas você nunca precisou disso, Rafe. — Ela fala baixo em meu ouvido e eu a aperto mais forte. - A vida te machucou muito cedo e quando te quebraram seus pedaços foram arrumando novos lugares, as vezes machucando outras pessoas e de pedacinho por pedacinho você criou essa muralha e com medo não deixou ninguém chegar. — Ela fala olhando em meus olhos e acariciando meus cabelos. - Eu não te culpo. Você só precisa saber estar aos cacos e não ferir ninguém. Reconhecer que precisa de ajuda, concentrar-se no seu caminho e na sua recuperação é tudo o que você precisa. - E eu estou aqui, Rafe. Não vou sair do seu lado até você ser inteiro de novo, porque eu sei, baby; Você vai. — Assim que s/n termina de falar e sela nossos lábios sinto como se estivesse ficado fora por muito tempo mas agora estou em casa, no meu lar.
☼ S/N
Estou beijando Rafe, de novo. Estou tão aquecida por suas palavras que quando as minhas soltam pela minha boca não quero parar até falar tudo o que preciso dizer e tudo o que sei que Rafe precisou escutar a vida inteira escutar. Quando fico na ponta dos pés e o beijo sei que estamos fazendo a coisa certa. A língua de Rafe desliza pela minha com uma facilidade a qual nunca tive antes enquanto beijava alguém. Suas mãos me invadem em uma velocidade como se sua vida dependesse em tocar cada parte do meu corpo. Em apenas um movimento e uma mão Rafe me puxa pra cima e minhas costas contraem com a dureza da parede mas nem isso é capaz de me afastar de seu corpo. Arranho de leve sua nuca e um sussurro baixo solta de sua boca ao mesmo tempo que joga a cabeça para trás. - O que a gente faz agora? — Rafe pergunta com os lábios descendo pelo meu pescoço. - Vamos com calma, fixar os pés no chão, saber se isso aqui da certo. — Falo enquanto subo seu rosto pra olhar em seus olhos. - Eu vou te amar baixinho e sem pressa, pra prolongar essa sensação gostosa de ter você só pra mim. — Rafe sussurra no meu ouvido e nossos lábios formam um sorriso largo, verdadeiro é completamente sincero.
