Cᴀᴍʀᴇɴ √ • ᖇᗴՏTᗩᖇT •

Capítulo: 105

--Calma mãe escuta o que ela tem a falar – Livia tentou apaziguar

--Como assim? Camila me explica que loucura é essa? Você está doente é isso? Por que isso só pode ser loucura.

--Não mãe, apenas estou apaixonada e namorando uma mulher, a qual pretendo construir uma família com ela – Tomou coragem

--Família? Família? Você ficou louca ? Não existe família assim. – Ela falava alto.

--Mãe calma deixa ela falar, senta aqui.

--Livia como você pode ser conivente a isso? Alias como você me escondeu uma loucura dessas?

--Não é loucura mãe é quem eu sou, não muda nada em mim, continuou sendo a sua filha.

--Não Camila, minha filha foi criada com todo amor desse mundo, nunca que uma filha minha em estado normal se tornaria uma... uma... pecadora – Falava enquanto as lagrimas escorriam do rosto das três mulheres.

--Não mãe ninguém vai me fazer pensar mais assim, passei minha vida toda sofrendo pensando dessa maneira.

--Quem sabe é por que realmente é o correto.

--Correto é eu ser feliz mãe.

--Correto é você casar com um homem bom, ter filhos e dá continuidade ao seu nome e da sua família.

--E quem disse que eu não poderei ser mãe?  Só não casarei com um homem e sim com uma mulher.

-- Eu não quero mais escutar isso. – Pegou sua bolsa e colocou no ombro.

--Mãe não sai assim vamos conversar. – Camila a segurou pelo braço

--Quando você retomar o seu juízo normal me procure.- Deu as costas

--Essa é quem eu sou mãe e não vou me esconder atrás da mascara que eu vivia, então não voltarei atrás.

--Você já é maior de idade e sabe o que faz – E saiu

--Mãe espera não vai assim – Livia a chamou, porem a mais velha não deu ouvidos

--Vai atrás dela Liu, não a deixa ir pra casa assim

-- Tudo bem, você foi demais minha irmã.

Beijou o rosto dela e saiu correndo para atrás a  mãe, Camila por sua vez tentou segurar as lagrimas que não cessavam, respirou fundo e saiu ia para sua casa porem resolveu tomar outro destino, dirigiu ate o prédio da delegada, lá chegando não conseguiu coragem suficiente para entrar ao menos na portaria, ficou ali dentro do carro olhando para o prédio em meios a sentimentos conflituosos que se debatiam em seu interior, ficou ali por algumas horas e depois foi caminhar na praia, sentou-se em um lugar escuro e ficou a observar o mar, perdeu-se no tempo e as horas, passaram, quando começou a amanhecer resolveu voltar para casa, lá chegando tomou um banho e logo dormiu.

-- Mila onde você se meteu sua maluca já estava indo atrás de você

--Porra Maitê fecha essa cortina.

--Não fecho, levanta logo dai ou vamos perder a hora do meu casamento.

--Nossa já é tão tarde assim? – Levantou a cabeça

--Já sim,olha para o estado da pessoa que chamei pra ser minha madrinha, você está horrível, andou bebendo novamente? – Sentou na beira da cama

--Não May, estava por ai colocando a cabeça no lugar.

--E conseguiu?

--Acho que sim, May ontem falei de mim para minha mãe – Disse levantando.