A última Kurama +18

Capítulo 20: Desavenças

-Pain: Vai treinar com ele.

O QUE?

-S/n: Desculpe, como disse? - pergunto quase engasgando com minha própria saliva.

Pain suspira e levanta de sua cadeira vindo até mim. Seu movimento repentino me deixou acuada, pois não fazia ideia do que ele pretendia. Ele dá a volta em meu corpo e me fita de cima baixo, arrepiando todos os pelos de meu corpo.

-Pain: Está surda, S/n? - ele pergunta parando atrás de mim, passando os dedos em meu rabo de cavalo e falando em meu ouvido - Disse que vai treinar com o Itachi.

-S/n: Mas...

-Pain: Shiii... - ele assopra com delicadeza em meu ouvido - Não me contrarie se não vou ser obrigado a mostrar o real motivo de ser o chefe da organização.

Me viro de frente para ele e vejo o quão próximo ele estava. Seus olhos subiam e desciam, olhando meus seios marcados na regata e alternando com meus lábios. Me sinto um pouco incomodada mas não demonstro, mantendo minha cabeça erguida o tempo todo. O ignoro e vou andando até a porta, parando na maçaneta novamente para me recompor.

-S/n: O que um cadáver como você pode fazer? - pergunto baixinho, para que ele não escute.

Quando decido sair, sinto um braço passando rasante pelo lado de minha cabeça, fechando a porta novamente. O corpo de Pain estava literalmente grudado ao meu nesse momento e eu conseguia sentir sua respiração pesada em meu pescoço.

-Pain: Com quem você pensa que está falando? - ele prende meus dois braços contra aporta, deixando meu rosto colado a madeira - Acha que só porque foi convidada a participar que manda aqui? Não se engane S/n, para o nosso trato acabar, basta uma ordem minha.

-S/n: Não ouse tocar nos meus amigos. - me debato mas ele me prende mais ainda - Sabe que se descumprir sua parte eu mato todos vocês.

-Pain: Por que um cadáver como eu teria medo de morrer? - ele pergunta ao pé do meu ouvido - Você sabe o quão vivo estou, garota. Não me teste.

E como estava vivo... Eu podia sentir seu membro em minhas costas, um tanto quanto acordado, e ele sabia disso. Minha mente dizia que aquilo era um absurdo, que eu deveria dar uma surra nele ali mesmo por se esfregar em mim. Mas alguma coisa me mantinha ali, como uma garotinha indefesa que estava gostando daquilo.

-S/n: Me solte, Pain. - respiro fundo - Estou aqui para trabalhar, não ser seu brinquedinho.

-Pain: Quer mesmo que eu te solte? - ele passa seus dedos pelo meu pulso, subindo até minhas mãos e entrelaçando seus dedos nos meus - Está se contradizendo...sua boca diz uma coisa, mas seu corpo está dizendo outra.

-S/n: Falo sério! Me solte! - me retiro dele, finalmente. Olho em seus olhos que brilham em luxuria, enquanto os meus em fúria - Não pense que estou aqui para satisfazer suas vontades. Vim para esta espelunca pelo meu melhor amigo e farei o que for necessário para mantê-lo seguro. Mas isso... - o olho de cima a baixo - Isso já é baixo demais, até para você.

Saio da sala sem dar a chance dele responder ao meu insulto. Bato a porta e saio batendo os pés pelo corredor, ecoando minha insatisfação por toda casa. O que esses homens pensam que eu sou? Afinal, estou aqui para servir de brinquedo sexual ou fornecer meus serviços como ninja?

Vou até meu quarto e faço questão de bater a porta com força, e a tranco logo em seguida. Aquela situação fez o meu sangue ferver, eu precisava sair daqui o mais rápido possível. Abro as gavetas da penteadeira presente no quarto, procurando um papel e uma caneta, eu estava decidida a executar meu plano.