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Assim que fechou a porta do banheiro, começou a tirar a roupa e colocou a lingerie vermelha de renda, deu mais uma definida nos cachos e passou um batom da mesma cor da lingerie. A cor definitivamente ficava melhor em Irene, mas ela até que gostou. Saiu e assumiu uma posição sexy de frente para Irene, que mordia a tampa de uma caneta olhando fixamente o celular.

— Aconteceu algo? — perguntou Íris, fraquejando um pouco a posição, mas não saindo do lugar.

— Não, só um número aleatório que não para de me ligar. Podemos continuar... — ela disse, finalmente vendo Íris, que se empertigou e sorriu — Está perfeito! Vem cá, senta, vou te ajudar a arrumar a posição perfeita.

Íris se sentou na cama e Irene já a posicionou como queria, tirando a foto em seguida e deixando o filme secar em cima da cômoda. Tirou outra com o celular, mais duas com a câmera e mais outra com o celular. Quando terminou, pegou os filmes e deu uma olhada, analisando. Todas ficaram boas, mas ela declarou a primeira como sua favorita e decidiu guardar.

— Posso ver? — perguntou Íris, ansiosa para ver o resultado.

— Pode. Mas uma vai ficar só pra mim. — disse Irene, sorrindo, entregou o celular e as fotos quase prontas.

— Porquê eu não posso ver? Ficou muito feia?

— Quê? Claro que não! Nem teria como ficar feia sendo que tem você nela. É só porque foi minha favorita.

— Posso confiar que não ficou feia então?

— Claro que pode!

— Então tudo bem, não vou insistir para ver. Você sabe o que faz.

Íris sorriu para ela e voltou a contemplar as fotos, que ficaram tão boas que pareciam profissionais.

— Agora entendo o porquê de você ter ganhado uma bolsa pra fotografia. Ficaram incríveis!

Irene corou um pouco e agradeceu. Depois de guardarem tudo, elas foram tomar banho. Só que, dessa vez, sem segundas intenções. Irene abriu o chuveiro e ficou monitorando a água enquanto Íris tirava a lingerie e prendia o cabelo. Quando Íris se aproximou, perguntou ao ver Irene com o cabelo solto.

— Vai lavar?

— Sim, preciso né. Ta começando a coçar já. 

— Posso lavar pra você depois?

Irene sorriu para ela.

—  Claro. 

Elas entraram no box e fecharam, logo entrando na água morna, quase fria. Elas abraçaram e ficaram assim por um tempinho, mas depois decidiram de fato tomar banho para não gastar muita água. Irene molhou o cabelo enquanto Íris se ensaboou e depois deixou que ela lavasse seu cabelo, ao que ela teve que abaixar um pouco. 

— Pode ir se ensaboando também, eu vou lavar rapidinho — disse Íris.

Ela pegou o shampoo e espalhou nos fios escuros, fazendo espuma, e começou a massagear. Algumas vezes ela acabou passando pela nuca de Irene e viu ela se arrepiar, mas se manteve quieta já que ela não disse nada. Irene não levava esse arrepio sempre para um lado sexual, então como sabia que ela só estava passando a mão para lavar, apenas ignorou. Ela sempre teve essa sensibilidade excessiva na nuca e no couro cabeludo, então estava acostumada com os arrepios frequentes. Elas terminaram cada tarefa e Irene se colocou sob a água, tirando todo sabão que podia com as mãos.

— Se quiser sair, pode sair, ainda vou passar condicionador. Como você já acabou...

— Vou sair então, mas quero pentear seu cabelo depois hein. 

— Pode deixar, ele é todo seu, assim como eu.

Íris deu um selinho nos lábios de Irene e ela abriu os olhos, mesmo sabendo que podia cair shampoo. Íris sorriu para ela e saiu, fechando a porta de vidro do box e pegando sua toalha. Irene aproveitou para passar condicionador enquanto a observava se secar e colocar seu pijama. Irene tirou o condicionador e estava quase acabando o banho quando Íris disse que estaria esperando por ela e saiu do banheiro, ajeitando o cabelo. Irene sorriu e deu mais uma ensaboada no corpo apenas para não ficar com a pele oleosa pelo condicionador, então tirou o sabão e fechou o chuveiro. Pegou a toalha e começou a se secar, então enrolou o cabelo no mesmo e colocou o pijama. Quando saiu do banheiro, Íris estava hidratando a pele.

— Fazendo skincare? — disse Irene, sorrindo e levantando a sobrancelha esquerda.

— Eu sempre fiz, só sou meio relaxada às vezes e ficou sem fazer por alguns dias, mas depois sempre acabo voltando a fazer de novo. 

— Faz sentido, já que sua pele do rosto é tão bonita. Eu já sempre fui relaxada no geral — disse Irene, rindo — Principalmente na minha infância.

Íris se virou para ela, ainda massageando o rosto, e foi se sentar ao seu lado na cama.

—  Você nunca me contou da sua infância.

— Não?

— Bom, soltou algumas coisas, mas contar de fato não.

Irene pensou bem se contaria ou não.

— Bom... 


Uma Mesa Para Duas • ⚢ •Onde histórias criam vida. Descubra agora