Flores que brotam no concreto

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Não acredito que atingi a marca dos 100 votos! (101 pra ser mais exata)

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Não acredito que atingi a marca dos 100 votos! (101 pra ser mais exata). Muito obrigada a todes, estou mesmo muito feliz de ver o crescimento dessa história, e pra comemorar vim postar o décimo capítulo pra vocês. Boa leitura!

NOTAS IMPORTANTES
*Agasha: no anime/mangá ela é apresentada como uma criança de no máximo uns 13 anos. Aqui, ela vai ser mais velha, tendo 18/19 anos, que é a idade de Alexia.

 Aqui, ela vai ser mais velha, tendo 18/19 anos, que é a idade de Alexia

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10. Flores que brotam no concreto


Se lembra daquelas paredes que construí?

Bem, querida, elas estão desmoronando

E elas nem sequer resistiram à queda

Elas nem sequer fizeram barulho.

(Halo – Beyoncé)

: :

Eram aproximadamente nove da manhã quando o guardião da última casa despertou. Arrumou sua cama com rigor milimétrico, penteou os longos cabelos e fez a higiene, tudo com muita calma. Depois, foi preparar o café, e assim que colocou o bule na mesa, sentiu-se incomodado. Se alguém lhe perguntasse, ele não saberia dizer o que havia de errado, pois tudo estava bem.

Talvez fosse porque tudo estava muito quieto e ele não tinha com quem dividir o café, e só então notou que estava se acostumando a servir café para dois. Quando a aprendiza o deixara na tarde do dia anterior, ele chegara a respirar aliviado e por algumas horas apreciou o silêncio e calmaria de sua casa. Mas já havia passado tempo demais daquele silêncio ensurdecedor, e ele mais do que nunca queria falar com alguém. Nunca pensou que poderia sentir falta de uma pessoa em tão pouco tempo de convivência, realmente sentia-se até meio tolo por isso, mas a verdade é que já havia se apegado à italiana de Rodório e pensar nisso o perturbava.

Contrariado, terminou o café e ainda tentou fazer algo para de distrair, lendo e até mesmo tentando manusear as agulhas de tricô que Alexia deixara na sala, sem conseguir fazer nem um ponto. Como ela podia ser tão hábil com aquela coisa? Relaxou o corpo no sofá, soltando as agulhas ao seu lado. Perguntava-se de onde vinha tamanha inquietação e porque sua cabeça ficava girando em torno de Alexia, a ponto de deixá-lo tonto. A tarde já chegava e ele continuava naquele ciclo repetitivo, talvez fosse bom tomar um ar, e assim levantou-se bruscamente e dirigiu-se para fora do templo de Peixes. Não podia ficar dando atenção a tais pensamentos, Alexia era sua discípula e aquele tipo de saudade e apego certamente não devia ser cultivado. Precisava distrair a cabeça, e se queria companhia, certamente outra pessoa poderia ser essa boa companhia, não era exclusividade de Alexia... Certamente, não era. Assim, descia as escadarias obstinado à provar isso para ele mesmo.

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