Alexia Cattelan é uma jovem adulta moradora do vilarejo de Rodorio, que ocupa seus dias ajudando os pais com o trabalho de costura, numa rotina interminável. Porém tudo passa a mudar drasticamente após uma entrega na décima segunda casa do Santuário...
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Olá leitores, vocês sentirão, talvez, uma diferença no tom deste capítulo. Isso deu por eu tê-lo feito do zero, enquanto os anteriores eu tinha base da primeira versão da fanfic (de 2013!!!), e foi mais fácil reescrevê-los. A partir de agora, meio que estou fazendo tudo do zero e acrescentando muitas coisas ao roteiro inicial, e como sou um pouco perfeccionista e noiada com furos, as vezes fico travada com medo de não conseguir fechar os pontos que levantei. Mas eu vou me esforçar!
NOTAS IMPORTANTISSIMAS LEIAM PLISSS *A historia se passa antes dos acontecimentos da Guerra Santa * qualquer outra mudança na cronologia oficial eu irei avisar, então acompanhem as notas sz
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09. O canto do passado
Cante-me uma canção sobre uma moça que partiu
Diga, essa moça poderia ser eu?Feliz de espírito, um dia ela navegou Sobre o mar para Skye Glória da juventude brilhava em sua alma Onde está essa glória agora?
(Skye boat song – outlander)
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O dia estava fresco, anunciando o fim do inverno e a primavera mais próxima. Naturalmente, era a melhor época para fazer manutenções e cultivar o imenso jardim escarlate da casa de Peixes. Sentir a terra em suas mãos e plantar era algo que trazia uma paz inexplicável à Albafica, mas uma paz melancólica. Cultivar as rosas diabólicas era um bom passatempo e ele era mesmo muito bom naquilo, mas nunca conseguia deixar de pensar que cultivando-as, continuava a perpetuar as algemas que o prendiam ali. Tudo havia começado naquele jardim envenenado, e esse mesmo jardim crescia alimentado por seu cosmo.
O silêncio daquele lugar era tão denso quanto o de um cemitério. Nem os pássaros ousavam sobrevoar sob ele. Cultivar, então, era quase um sagrado momento de meditação para Peixes. Era sábado e completava uma semana que Alexia havia se juntado à sua casa. Com ela, muita conversa e muita bagunça também. Quando não estava conversando com ele (ou tentando), Alexia chegava a conversar sozinha. Por isso, Albafica desfrutava daquele momento de absoluto silêncio, que havia sido tomado pela discípula enérgica. Inclusive, como ela podia dormir tanto? Já deviam ser quase onze da manhã – muito tarde para quem estava acordado desde as sete.
