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— ARCO 01: A garota do internato —

Avisos
Se essa história já estava na sua lista de leitura off-line, retire da lista e adicione novamente para poder conferir a nova versão.

Vocês saberão que é a nova versão ao lerem Amber ao invés de [Nome].

Beijinhos 💖

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— Parece que seu quarto está nos conformes, Amber.

— Como sempre, Fumiko — a garota disse, concordando com a cabeça. Usava o sorriso mais cínico que tinha.

— Mas ainda tenho a sensação de que senti cheiro de cigarro.

— Então deveria parar de fumar — falou com uma risadinha e Fumiko a encarou com os olhos fuzilantes por trás dos óculos.

— Eu estarei ocupada pelo resto do dia. Você já está dispensada de suas atividades?

— Sim.

— Tudo bem então.

Fumiko bateu os sapatos pretos e fechados no carpete e saiu do quarto, fechando a porta. O quarto não era muito grande. Tinha espaço para uma cama de viúva, um guarda-roupas espelhado e uma escrivaninha para que a menina pudesse estudar. Além disso, ela tinha um banheiro próprio (algo que só existia na Torre em que ela morava).

Foi até a janela, abriu as cortinas e viu as mãos do garoto agarrando com toda a força que tinha. Ele estava de pé numa estrutura que servia para decorar ao redor de todo o prédio. Enquanto você ria, ele pulava novamente para dentro do quarto. Ele estava apenas de bermuda, deixando o abdômen sarado à mostra.

— Você acha isso bem engraçado, não é mesmo, mocinha?

— Pelo menos dessa vez você não estava pelado — Amber riu, jogando os fios castanhos para trás e colocando a mão na cintura.

— Já prevejo o dia em que vão me ver pelo lado de fora.

— Relaxa... ninguém espera ver um cara pelado e pendurado na janela do terceiro andar, Shuji.

Ele esfregou as mãos no rosto. Ambas tatuadas: Pecado e Punição.

Realmente, Shuji Hanma era um pecado quando estava sem camisa, e Amber aceitava toda e qualquer punição que viria do internato se fosse para se deliciar naquele corpo que ela tanto adorava.

Uma perdição deliciosa!

— Teria sido bem mais fácil se eu tivesse te levado para o motel, assim como todas as outras vezes — ele reclamou enquanto a puxava pela cintura, grudando o corpo da garota no dele, com um sorriso ladino e muito malicioso no rosto.

— Sabe que não é simples assim. Eu estou com uma ordem restritiva.

— Pra que que eu fui arrumar uma garota que mora no hospício? — ele disse com uma gargalhada e ganhou um tapa no ombro.

— Isso não é um hospício! — Amber protestava, mas ele ignorou e a beijou com força.

Morava naquele lugar desde os dezesseis anos. Um internato só para garotas, entretanto, as alunas não saíam de lá quando se graduavam na escola. Eles tinham um programa especial de criação. Geralmente, as garotas só saíam de lá aos vinte e um anos. Ninguém era impedido de ir à faculdade, trabalhar ou fazer qualquer coisa do tipo, mas o programa era bastante rígido e os pais de Amber faziam questão que ela se graduasse com sucesso.

Além disso, era um internato de elite: as famílias ricas brigavam para que suas filhas fossem aceitas. Entretanto, o programa tinha um bônus que ninguém parecia perceber: era um aglomerado de garotas problemáticas. Amber, com toda certeza, era uma delas.

Your Voice, MikeyOnde histórias criam vida. Descubra agora