s e v e n t e e n

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Avisos

Esse capítulo contém referências à dependência química, uso de drogas pesadas e traumas relacionados à morte.

Gostaria também de relembrar que esse capítulo se passa ao mesmo tempo que o capítulo dezesseis, ok? Enquanto Mikey e Shin estão sentados à mesa, Amber e Karen seguem conforme os eventos desse capítulo.

Além disso, pra quem está lendo isso na estreia: o capítulo está sendo lançado as cinco da manhã pra vocês poderem ler assim que abrirem o Wattpad, e não precisar esperar, então: BOM DIA, MEUS CAROS!

Beijinhos ❤️

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O caminho até o telhado foi tranquilo e silencioso. Quando chegaram lá, o céu estava estrelado e bonito. Havia um banco de concreto e mais nada. Era um telhado aberto como qualquer outro.

— O céu é toda a decoração necessária, não acha, filha? — Karen perguntou olhando para o alto.

— A noite tá bem bonita! — Respondeu, ainda avoada e com a mente longe.

— Você tá preocupada com seu pai e com o Mikey, não tá?

— Sim.

— Fica tranquila, eles não vão se matar. — Karen deu uma risadinha. — Eles se respeitam muito.

— Eles nem se conhecem. — Amber falou e Karen parou imediatamente, percebendo a gafe que tinha cometido. Durou apenas um segundo, mas a filha pode vê-la vacilar. — Mãe... eles não se conhecem, né?

— Filha, os homens não brigam à toa assim. — Ela riu, tentando disfarçar, mas Amber já tinha percebido. O sangue nas veias da garota parecia muito mais quente. Irava-se com facilidade.

— Me responde! — Amber aumentou o tom de voz e deu um passo à frente.

Karen apenas observou, encontrando nos olhos de Amber o mesmo demônio que via em Shin. Pai e filha compartilhavam do mesmo pecado capital: a ira.

Amber podia não se irar constantemente, mas quando acontecia, perdia a cabeça. Ficava completamente fora de si, assim como o pai. E Karen já tinha visto vezes demais o que os dois eram capazes de fazer.

— Filha...

— Não começa com essa história de "você não entenderia". — Amber praticamente rosnou as palavras. — Me responde agora!

Karen suspirou e olhou para o céu estrelado. Tinha esperanças de ter uma noite calma e tranquila, mas claramente não seria daquele jeito. Se preparando para o que viria em seguida, ela caminhou até o banco de concreto e se sentou.

— Ah, eu daria tudo por um vinho agora. — Ela falou para o alto enquanto mexia na bolsa de mão, tirando um fino já bolado e pronto pra fumar. — Você fuma maconha, não fuma?

— Mãe? — Aquilo foi tão surpreendente que quase fez Amber esquecer a raiva que sentia, se não fosse pelo tremor nas mãos.

— Fala sério, filha. Você namora o líder da Toman, é óbvio que você tá sempre nessas festas clandestinas. Toma, eu tenho dois.

Sem acreditar no que estava fazendo, pegou o baseado da mão da mãe e acendeu. Quando viu Karen acendendo o dela e começando a tragar, Amber quase não conseguia acreditar nos próprios olhos. De todas as pessoas do mundo, ela era a última que Amber esperava que gostasse tanto de maconha que teria um beck na bolsa prontinho para fumar.

— Seu pai e o Mikey se conhecem sim. Já tem um tempo. — Ela falou calmamente. — Eles trabalham juntos às vezes.

— Eu não sabia que a Toman mexia com casas de apostas.

Your Voice, MikeyOnde histórias criam vida. Descubra agora