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O internato ficava bem na fronteira de Tóquio, então as meninas apenas chamaram um carro por aplicativo e foram até o ponto de encontro com Hina e ficaram aguardando.

Amber vestia um cropped preto de alças finas, meia arrastão preta e shorts jeans de cintura alta. Muitos acessórios prateados e maquiagem escura nos olhos. Saori vestia um shorts preto de cintura alta, um body frente única branco e meia calça translúcida preta. Também cheia de acessórios.

Quase sempre compartilhavam roupas, exceto pelos shorts, pois os quadris de Amber eram um pouco maiores que os de Saori. A mestiça brasileira tinha um bumbum evidentemente grande.

Aquela era uma das heranças que Karen tinha passado para a filha. Pernas fortes e um bumbum avantajado. Saori, que admirava muito quadris largos, se empenhou na academia durante duas semanas, depois a preguiça falou mais alto e ela simplesmente aceitou que seu destino era ter uma bunda pequena.

A vontade de ter um grande bumbum não era tão forte a ponto de fazê-la malhar todos os dias.

— A Fumiko quase infartou quando viu que agora você podia sair — Saori disse, dando uma gargalhada alta.

— Imagina a raiva que ela deve estar agora — Amber riu. — Eu fico com dó, não quero deixar a coitada estressada.

— Ai, Amber, você é foda! Quase foi expulsa, foi pega com um cara no meu quarto, e além de continuar morando lá você ainda recebeu uma promoção e mais liberdade. Vai ser sortuda assim lá na puta que pariu.

— Essa sorte se chama grana. Muita grana que meu pai teve que desembolsar. Acho bom eu começar a tomar rumo na vida logo, porque se ele estiver descontando tudo isso da minha herança, eu só vou herdar o sobrenome.

— Você é foda! — Saori riu. — No bom e no mau sentido.

Ela se levantou e foi até o poste de ferro mais próximo, segurou com a mão e ficou girando ao redor dele, enquanto Amber sentia a brisa fria da madrugada tocar o próprio corpo.

Saori girava sem parar enquanto a amiga se sentava no banco mais próximo. Não via a hora de dar uns goles de álcool para se aquecer, afinal, Amber detestava frio.

— Lembra daquele garoto? — Saori perguntou repentinamente.

— Qual deles?

— O garoto da praia. Aquele que você sempre falava. Você devia procurar ele.

— Eu nem faço a menor ideia de como procurar ele — Amber riu e cruzou as pernas. Colocou o cabelo atrás da orelha e soltou um longo suspiro.

— Você fica toda felizinha quando fala dele. Deveria procurar saber.

— Fica felizinha quando fala de quem? — uma voz feminina surgiu logo atrás.

Hinata apareceu sorrindo como todas as vezes. Saori correu para abraçá- la e Amber foi logo em seguida. Apesar de não estarem mais tão próximas quanto antigamente, as duas adoravam a companhia uma da outra. Perto dela, o namorado estava logo atrás, usando roupas que deveriam ser consideradas um crime, mas Amber achou melhor não comentar nada.

— Aquele amigo da Amber — Saori disse, dando risada e cumprimentando Takemichi.

— O gatinho da praia? — Hina deu risada.

— Ele mesmo.

— Eu não lembro de nada dele, vai ser difícil encontrar alguém assim — Amber suspirou. Só o primeiro nome não era algo que fosse realmente relevante nas buscas de um desconhecido.

— Relaxa, uma hora vocês se reencontram — Hina disse enquanto as meninas caminhavam até o carro. — Sabe, uma amiga minha ia encontrar a gente lá, mas parece que é aniversário do namorado dela e eles resolveram fazer algo diferente. Uma comemoração pequena em família.

Your Voice, MikeyOnde histórias criam vida. Descubra agora