-SHIN! -Karen gritou assim que o marido caiu no chão.
Arya começou a atirar na direção dos irmãos que se esconderem atrás das grandes colunas de pedra clara que seguravam o teto do local, marcando-a com diversos furos. Os poucos funcionários que antes espiavam a conversa correram para fora do teatro.
Requiem de Mozart começou a tocar assim que você pegou cobertura na parede e tirou as pistolas de ambas as pernas. Respirou fundo e correu pelo corredor da direita, indo na direção dos Haitani.
-RAN! -Rindou gritou assim que te viu surgir na ponta oposta.
Sem pensar duas vezes, você puxou o gatilho e começou a atirar com as duas mãos enquanto eles corriam buscando cobertura. Os projéteis acertavam a bela arquitetura fazendo subir traços de poeira onde perfuravam. Arya deu a volta pelo outro lado e atirou na direção deles, mas ambos se anteciparam e pularam o guarda-corpos, caindo um andar inteiro abaixo e rolando pela escada.
-MÃE! -Você gritou e ela apoiou um joelho no chão ao lado do marido, te olhando com preocupação enquanto você descia as escadas, correndo na direção dela.
-SEU PAI VAI FICAR BEM. -Ela gritou de volta enquanto você via os Haitani se esconderem como ratos pelo corredor ao lado da escada, se escondendo nas salas paralelas ao saguão.
Arya chegou lá logo em seguida e tirou o outro revólver que carregava dentro do blazer, entregou para sua mãe e ela agradeceu com um aceno de cabeça, destravando a arma rapidamente e te olhando mais uma vez.
-Eu vou ficar aqui com seu pai, vai caçar aqueles ratos. -Ela disse e você assentiu com a cabeça, mas antes de sair, ela te chamou novamente. -[Nome], se eles estão aqui, você precisa considerar a possibilidade de terem mais chegando. O Kisaki não joga em desvantagem.
-Certo. -Você concordou e junto de Arya desceu as escadas, deixando seus pais ainda no encontro das escadas e correndo pelos degraus vermelhos, sentindo a adrenalina, o medo e a raiva te consumirem.
Não importava o quanto a relação com seus pais fosse péssima, ninguém tinha o direito de atirar neles.
Entraram juntas no corredor lateral e caminharam em silêncio. Arya segurava o revólver com as duas mãos e você carregava uma pistola em cada. A música abafada causava tensão, mas ainda tinha silêncio o suficiente para escutar os passos de alguém.
-Yuki, isso tudo era pra estar acontecendo na Pinacoteca, não era? -Ela falou baixinho e você assentiu. -Se os Haitani chegaram até aqui, é porque souberam da mudança de planos que você previu. Você só falou sobre isso com a Elvidner.
-Eu sei. -Você sussurrou e ficaram cada uma de um lado da porta. -A gente vai matar esses putos, e depois vamos caçar a traidora.
Arya assentiu com a cabeça e em seguida empurrou a porta, permitindo a entrada de vocês. Os irmãos começaram a atirar sem sair de trás do balcão de madeira, apenas com as mãos e os topos das cabeças para fora e vocês retribuíam numa chuva de tiros, os forçando a se esconderem novamente.
-ARYA, VAI! -Você gritou enquanto atirava e ela correu na direção deles, pulando o balcão rapidamente e já pisando nas costas de Ran.
Rindou saiu correndo pela lateral e você passou a persegui-lo enquanto soltava os carregadores das armas e pegava os novos presos nos coldres. Corriam por entre as salas elegantes, um atirando no outro, tentando acertar os disparos e desviar das projéteis que voavam em suas direções. Os vasos de porcelana estouravam, as pinturas caríssimas eram danificadas pelos tiros
Depois de atravessar três ou quatro salas, acabaram novamente no saguão, mas nos fundos da escada dessa vez. O som do tiroteio entre Ran e Arya recomeçou, e você só podia imaginar a briga dos dois, mas não tinha tempo para isso. Precisava se concentrar em seu próprio alvo.
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Your Voice, Mikey
Fanfiction[Fanfic] [Tokyo Revengers] [Mikey] [+18] Depois de ser mandada para um internato fechado numa região tranquila de Tóquio, a vida de Amber ficou muito pacata... na teoria. Saideiras escondidas, encontros suspeitos e muitas festas na madrugada eram o...