Âmbar No Azul-Celeste [✓]

Capítulo V

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O Que Esperam De Um Joestar
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—— Joseph o quê!? – Jonathan exclamou, estupefato.

Ambos os Joestar estavam no quarto de Jonathan. Jotaro esperara pacientemente pelo banho do outro e reservou qualquer questão sobre o ômega no dormitório alfa para depois. Afinal, o assunto que viera tratar com o irmão mais velho era de maior importância e gravidade.

— Ainda não passam de meros boatos, vou averiguar pra descobrir a sua origem e caso se confirmem verdadeiros, teremos de falar com ele, pessoalmente. – Jotaro permaneceu encostado na parede, perto da porta, com os braços cruzados e quase cobrindo o rosto com o seu quepe, não parecendo alguém acessível.

Mas tal postura era uma espécie de defesa, Jonathan tinha a mais absoluta certeza, pois já o vira com Noriaki muito mais à vontade do que com qualquer outra pessoa.

E Joseph Joestar, por outro lado, era o sujeito boa pinta e muito gente boa com todos, embora fosse muito malandro dentre os irmãos. Por isso, era considerado o causador de dores de cabeça, forçando os outros a limparem a sua barra com o patriarca quando o seu plano maluco da vez não dava certo e chegava aos ouvidos do pai. Mas, neste caso, não haveria como aliviar a "bronca" assim que ela viesse.

— Céus, nosso pai irá matá-lo se... ou melhor, quando souber. – Jonathan se encontrava sentado na cama, terminava de secar os pés com a toalha. — Se isso sair de controle e chegar aos ouvidos da diretoria...

Jotaro deu um suspiro inquietante.

— Nosso nome será manchado.

Jonathan ergueu os olhos para Jotaro. Era estranho vê-lo preocupado com a reputação da família quando se era o irmão mais revoltado dos Joestar, principalmente, após a morte de papai, e que zelar pelo nome da família nunca fora uma prioridade.

Franziu a testa e levantou-se da cama.

— Não me importo com o nome, Jotaro. Me importo com o nosso irmão e o que irá acontecer com ele se isso tudo vier à tona.

Jotaro saiu de perto da parede e moveu a aba do quepe enquanto dizia:

— Você sabe o que esperam de um Joestar.

Desta vez, foi Jonathan quem suspirou, cansado daquela citação e da cobrança de um comportamento que reafirmasse a virilidade que todos pareciam esperar dos Joestar.

— É o que se espera de um alfa... isso é tão ridículo.

— Pode ser – Jotaro respondeu. — Também não ligo, mas se qualquer coisa arruinar a minha união com Kakyoin, Joseph se verá comigo.

Jonathan sentiu-se tolo, balançou a cabeça em negativa, decepcionado consigo mesmo por não ter levado em conta a negociação delicada entre a família de Noriaki com os Joestar.

Isso vinha tirando o sono de Jotaro há dias. Ele sabia que Noriaki era a sua alma gêmea, embora nem acreditasse nisso mesmo depois de conhecê-lo, mas estava disposto a seguir as formalidades tradicionalistas, até mesmo se importar com a reputação de um nome para que as negociações fossem tranquilas e que os dois acabassem casados.

O que complicava todo o processo, na verdade, era o dossiê montado pelo detetive contratado pelos Kakyoin sobre o perfil completo de Jotaro e do papai William, contendo "retificações" de informações que foram escondidas nas apresentações – principalmente os protestos promovidos por William mesmo após o casamento com George e a rebeldia e má conduta do caçula adolescente –, o que gerou ainda mais estresse nas reuniões e adiamentos de um possível acordo.