LXIV

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Mais alguns dias se passaram. Os jogadores passavam por acompanhamentos para garantir que estariam muito bem para o começo do mata-mata. Lionel tinha conseguido retomar a confiança de Maria, e interagir bem com ele e Paredes. O brasileiro estava sempre perto de Icardi, e observava os passos dos outros. Já o goleiro tinha certeza que seu amigo de posição não tinha nenhuma ligação com o que acontecia, então decidiu ajudar os outros em suas tarefas. Cristiano ajudava no treino dos jogadores, porque, por mais que não suportasse a ideia de traídores, não queria perder por causa disso, e muito menos confiava no técnico para fazer qualquer coisa.

No outro país, Paulo tinha mantido sua palavra e tentou fazer as pazes novamente com Cuadrado. A partida não estava sendo fácil, ele mal tocava na bola e seus adversários já queriam derrubá-lo, então fez o possível para só dar alguns passes e tentar o chute perto da área. Em um desses lances, Paulo tinha conseguido marcar o primeiro gol para o time italiano, o que fez a marcação aumentar contra ele. Não passou cinco minutos e o fizeram cair no chão em uma falta desnecessária. Ramos, que assistia tudo do aeroporto, semicerrou os olhos ao ver aquelas cenas e respirou fundo.

- Quando eu encontrar quem te fez estar aí... -- apertou forte o copo em que bebia café.

Seu semblante estava sério. No momento, esperava o próximo vôo para Itália. Não confiava nada nas mãos de Cristiano com Léo do lado, sabia que esse argentino o enfraquecia, de certo modo, e achava a amizade dos dois patética. Lionel em si já era fraco, e mantinha assim o outro tão quanto. Então pegou o celular novamente, ligando para o português. No hotel, Cris estava fazendo seu desjejum, quando recebeu a ligação. Os demais jogadores foram cedo treinar antes da partida de amanhã, e ele foi quase obrigado a ficar por lá para evitar que fosse querer participar. O que pensava ser ridículo.

- Oi, como está? -- disse assim que atendeu.

- A mesma coisa. Vocês conseguiram notar alguma atitude de diferente entre os argentinos incompentes, aquele Icardi ou o goleiro?

- Aqueles dois são estranhos, mas nada de suspeito. Neymar está próximo do Icardi, que, dizendo ele, não houve nada de suspeito. Nós não suspeitamos mais do Rico, faria sentido nenhum.

Não ter nenhum progresso na busca deles era frustrante ao camisa 7. Ele queria colocar suas mãos em quem quer que fosse, só que parecia estar cada vez mais distante de descobrir, e o fazia se sentir muito incompente. Levando mais uma colher de aveia e iogurte na boca, continuou pensando sobre o que fariam.

- Então vocês não foram capazes de descobrir nem isso? O quão difícil é fechar esses caras e fazê-los falar?

- Bom, diferente de você, Sérgio, nós não somos selvagens. E se está incomodado com isso, por que não vem para descobrir você mesmo?

Ele sabia que não devia falar dessa forma com o cara que os ajudou, mas como poderia manter a calma como se não soubesse que não prestava o suficiente para achar alguém culpado no meio deles, estando tão perto?

- Olha só... estou indo mesmo.

E desligou. Cristiano arregalou os olhos não sabendo se aquilo se tratava de uma brincadeira. Contudo, não era. O homem se levantou da cadeira colocando o óculos escuro e puxou a mala, indo rumo ao setor de embarque. Primeiro, iria fazer uma visita no time preto e branco, depois aos franceses, se tudo correr bem. Se eles não fazem o trabalho direito, e ainda se acham no direito de falar isso, as coisas ficariam mais duras agora.

For him  ✪ | CR7 & Messi | BoyxBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora