LXXXIII

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Chegando no hotel, Cristiano foi ajeitar os filhos para irem passear fora, enquanto Messi se dirigiu ao banheiro, tomando um banho relaxante. Eles iriam voltar para Paris no dia seguinte, então podiam rever um pouco a Espanha que tanto se lembravam constantemente. Também tinham convidado Navas que foi como reserva na viagem. O goleiro tinha os avisado que encontraria todos no local. Já Dybala tinha se sentado no sofá olhando para frente, pensando em algumas coisas. Logo que o português terminou de arrumar os filhos, retornou para a sala, o vendo daquele jeito. Tinha algo que o incomodava, então acreditou ser o melhor momento.

- Paulo -- se sentou ao lado dele. -- Eu tive e estou a ter a impressão que você não veio aqui por nada.

- Vim ver vocês, são meus amigos. -- se explicou, olhando para baixo.

- Somos, mas não me engana -- ergueu a sobrancelha. -- Veio aqui por um outro motivo? E tem relação com o fato de ter visto você e o Sérgio de mãos dadas?

O argentino queria cavar um buraco e sumir depois disso. Ele não devia se envergonhar para o amigo, mas tinha, porque não era algo comum, ao menos, não achava. Entretanto, não teve tempo de reação, quando ouviram a voz de Léo.

- De mãos dadas? -- o baixinho olhou surpreso de um para o outro.

- É, eu vi antes de ele entrar no carro. -- cruzou os braços, virando para o garoto. -- Paulo, se quiser falar ou não. A escolha é sua.

Dybala deu um breve suspiro, sentindo-se extremamente sem graça por ter que admitir o que acontecia. Podia sentir a descrença de Lionel em cima dele, enquanto se sentava do outro lado do menor.

- Certo... Primeiro, eu não sei como isso aconteceu. Só que não pude evitar, ok? Espero que não mude nada entre a gente e que não me vejam de outro modo. -- se antecipou. -- Ok, eu estou, meio que, gostando... dele.

- Dele? -- os dois perguntaram juntos antes de cair a ficha ao mesmo tempo. -- Ah...

- É. Gosto do Sérgio. -- falou baixinho. -- E ele é bem difícil, mas também parece gostar de mim. É, é isso.

Se levantou depois de falar aquilo. Messi estava um pouco sem reação. Como alguém tão amigável como o Paulo poderia gostar de um cara tão ranzinza, brigão e irritante? Procurando apoio em meio a esse confusão, olhou para Cristiano que refletia sobre aquilo e virou o rosto para Léo, observando sua reação antes de respirar fundo, colocando a mão em sua coxa, já que passaram pela mesma situação. Dybala estava atônito, então nem percebeu essa ação.

- Tudo bem, não somos nós quem vamos ficar mudados por isso. Mas... tem certeza que gosta dele? -- o português questionou. -- Pode ser algo do momento.

- Não, eu não iria falar isso à toa... quero dizer, até que posso. Desde que minha noiva me largou, eu não sei mais o que pensar de nada. Pode ser que eu tenha confundido as coisas. É. Pode ser isso?

Olhou para ambos, bem confuso até descer, finalmente, suas órbitas até a mão de Cristiano na coxa de Messi, também sem saber o que pensar.

- Bom... -- o gajo olhou para Lionel que estava com a expressão neutra. -- Quer falar sobre nós? -- cochichou a ele.

Lionel se sentiu um pouco nervoso, mas assentiu, já que a situação permitia isso, e pousou a mão em cima da dele antes de fitar Dybala.

- Nós sabemos bem o que você está passando, porque sofremos a mesma coisa. -- torceu os lábios. -- Nós estamos juntos.

- Hum? -- ficou olhando-os, tentando saber se tinha ouvido direito antes de fixar a atenção em suas mãos unidas. -- Vocês são gays? -- franziu o cenho.

For him  ✪ | CR7 & Messi | BoyxBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora