LXXIX

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O caminho até o parque foi tranquilo, embora fosse difícil manter a tranquilidade entre as crianças que queriam, a todo momento, saírem do carro. Quando chegou, foi um alívio para todos. No momento, tinham colocado os menores em um carrinho e andavam, olhando os brinquedos.

- Roda! -- Mateo apontou com o dedinho.

O casal olhou para a roda gigante e já sabiam que aquilo estaria fora de cogitação. Ainda mais que eles não gostavam de ficar quietos, por ali era bem arriscado.

- Só quando tu estiver do meu tamanho, mocinho. -- o bronzeado respondeu.

- E a montanha-russa, pai? -- Júnior correu até ela. -- Eu posso? Posso? -- olhou ele.

- Pode, só acho um pouco perigoso... -- parou o carrinho perto, observando os metros de altura que o brinquedo tinha.

- Aí, por favor... -- tentou o convencer, e olhou para Léo que tinha as mãos na cintura, em dúvida também. -- Messi, se for comigo, o papai deixa.

O argentino desceu o olhar para ele, um pouco surpreso. O garoto era esperto. Quem não gostava muito de toda essa esperteza era o gajo que semicerrou os olhos.

- Que tática nova é esta? -- perguntou.

- Deixa, Cris. Eu vou com ele, tudo bem?

Lionel interviu, dando um sorriso mínimo. Se sentiu bem, apesar de estar sendo usado para o garoto ir ao brinquedo, mas gostou que recorreu a ele para isso. Assim que o homem assentiu, eles foram até o maquinista que sorria de canto em canto por vê-los e esperou que entrassem, para ligar a montanha. Cristiano acompanhou-os com o olhar.

- Segurem-se. -- desceu a atenção ao cara que controlava. -- Aquelas barras protegem mesmo?

- Sim, senhor! -- respondeu-o, empolgado.

Assentindo, então, resolveu se afastar para levar os pequenos ao carrossel. Ajeitando-os com a ajuda de um funcionário, se afastou olhando para eles. Sua feição era mais leve. Com as mãos no celular, tirou algumas fotos como um pai orgulho e babão nos filhos. Ele não ia postar, só queria ficar para si uma recordação desse momento tranquilo e quase raro com eles. Talvez Léo tivesse razão, não passava tanto tempo com a família, e se o Cristianinho teve que falar disso para Messi, era porque estava falhando muito como pai, e queria remediar isso. Mas não era como se quisesse se privar do que vivia agora, ele tem um trabalho que exige sua constante participação e foco, não poderia dividir o tempo necessário que os filhos mereciam. Guardando o celular novamente no bolso, ficou observando o brinquedo girar e subir. Vez ou outra se aproximava, verificando se estava tudo indo bem, outras vezes olhava os dois na montanha-russa. Ele também tinha o direito de se divertir, não? Dessa forma, aguardou o brinquedo parar e os pegou, ouvindo o choro da Eva em querer continuar lá, colocando-os no carrinho. Mateo preferiu ir caminhando, na verdade, correu de Cristiano, tropeçando em seus próprios pézinhos vez ou outra até parar na frente de Messi que se abaixou, o pegando, quando tinham saído da montanha.

- Fugindo do seu pai de novo? -- o questionou, vendo-o se acalmar um pouco.

- Acho que ele me odeia -- o português comentou brincando, emquanto ia até eles.

- Pai, foi muito bom! Eu não tive medo nenhum -- Cristianinho se vangloriou.

- Meu garoto -- o homem sorriu, abraçando-o de lado. -- Já que não tens medo, que tal irmos na casa de assombrações?

Apontou para a casa propositalmente escura e com várias janelas espalhadas, construída no outro lado do parque. O garoto acompanhou o olhar e balançou a cabeça concordando, pegando na mão do mais velho e começando a correr até lá.

For him  ✪ | CR7 & Messi | BoyxBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora