LXXIV

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Quando o pequeno já estava se acostumando com a casa nova, teve que saber se comportar diante da família de Cristiano. Ao que parece, o gajo trouxe os filhos, porque não queria mais que Georgina participasse da relação deles, nem influenciasse ninguém. Óbvio que ela ainda poderia ir visitá-los ou vice-versa, mas seria quando o português aceitasse. Provavelmente, a mulher não ficou nada feliz com isso, podia perceber nas ligações que via o bronzeado receber, porém ele nunca se inclinava de sua decisão.

No momento, Messi estava um pouco melhor dos acontecimentos recentes. Na cozinha, preparava um café bem forte, enquanto lá fora a chuva era barulhenta. Assim que terminou, virou-se deparando com a figurinha pequena de Mateo na porta, esfregando os olhos com seu pijaminha.

- Oi -- Léo sorriu breve.

O garoto o olhou um pouco em dúvida, virando o rostinho também para os lados, procurando, certamente, o pai.

- Ele está tomando banho. Não era para você estar dormindo? -- o questionou adivinhando, dando um gole no café.

- Trovão! -- exclamou, inquieto.

Lionel franziu o cenho se perguntando o motivo de falar isso até olhar para a janela, vendo a chuva cair, se perguntando se o teria causado medo.

- Você está com medo do... -- parou de falar ao vê-lo correr em sua direção, se escondendo entre suas pernas. --... Entendi.

- Trovão. Não.. Não gosto. -- tentou dizer, bem chateado pelo que acontecia lá fora.

Messi sorriu e deixou o copo no balcão, puxando uma cadeira. Com cuidado, o pegou, colocando-o sentado.

- Sabe o que é bom para espantar isso? -- se curvou um pouco para dizer. -- Chocolate quente! Será que você pode tomar?

O garotinho pareceu pensar. Na verdade, ele não fazia ideia do que era, mas manteve seu olhar no homem que se virou apenas para ligar o fogão e colocar uma panela com leite para esquentar. Ainda chovia quando Léo terminou de preparar e deixou esfriando. Ele puxou uma cadeira, se sentando ao lado, voltando a beber o café, agora um pouco mais frio. Mateo mexia as perninhas um pouco impaciente para descer, então o argentino achou melhor fazê-lo se distrair.

- Então, quantos anos você tem?

O observou pensar um pouco antes de negar com a cabeça e ficar olhando para o teto.

- Não sabe? -- riu baixo, voltando a xícara de café na mesa. -- Você me parece ter uns quatro anos, será que é?!

Novamente o garoto abaixou o olhar, encarando Léo e abrindo a mão, para sinalizar a idade com os dedos, um tanto atrapalhado. O homem, então, pegou o chocolate depois de verificar que estava em uma temperatura boa, deixando em um copo de plástico reforçado com um pano ao redor para não se queimar, o dando, em seguida. Mas não por completo, já que segurava junto a ele para não derramar.

- Vocês se parecem bastante -- a voz de Cristiano foi ouvida, fazendo os dois o olharem.

- Papai! -- Mateo disse depois de afastar a boca do copo.

- Oi, amor -- ele sorriu, pegando-o nos braços, o abraçando antes de se sentar naquela cadeira, perto de Lionel que deixou o copo na mesa. -- Oi, cariño. Parece que se deram bem.

- Acho que sim -- olhou para o garotinho que estava encolhido no colo dele.

- Fico feliz por isso. -- olhou para o café e chocolate. -- E quanto a mim, não ganho nada?

Léo sorriu voltando a se levantar.

- Certo. Você quer o quê?

- Hum... Chá. O sachê está na gaveta ali -- aponta e volta a atenção para o garotinho que se mexia inquieto no colo, enquanto o argentino ia preparar. -- Ainda tem medo de trovões? Eles não podem te ferir.

For him  ✪ | CR7 & Messi | BoyxBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora