Colegas de Quarto {Vmin}

Capítulo 36

No caminho até a diretoria, vejo Seojoon vindo de lá.

― Seojoon? ― ele levanta a cabeça me encarando.

― Olá, filho. ― se aproxima.

― O que veio fazer aqui? ― questiono ― Não me diz que tem um caso com a Reitora Seo também. ― ironizo, o fazendo estreitar os olhos.

― Você pegava mais leve antes, Jimin. ― diz me encarando meio chateado com o comentário.

― Desculpa! ― peço, estranhando seu jeito. ― O que é o que o senhor tem? Afinal, por que veio aqui falar com a reitora? Aconteceu algo? ― pergunto curioso e meio alarmado.

― Eu vim falar sobre o inquérito contra o filho dela. ― responde.

Minha testa ganha rugas.

― Decidiu seguir com ele, mesmo depois deu prometer que não ia testemunhar?

― Decidi. ― assente.

― Mas por que está com essa cara então? ― pergunto confuso ― Devia estar soltando fogos que vai arrancar dinheiro deles, como sempre.

Seojoon suspira, parecendo ponderar se deve ou não ser franco comigo.

― Fala de uma vez. O que está rolando para te deixar aflito?

― Acabo de saber que os advogados de defesa dela, são os Yoo. ― responde amargo.

― E esses seriam?

― Os melhores advogados da Coréia do Sul inteira, Jimin. ― bufa frustrado pela primeira vez na vida. ― Eu tentei por eles no caso a meu favor, mas eles já estavam defendendo aquele patife. 

Nunca vi meu pai frustrado por algo antes. Ele sempre consegue o que quer, então nunca teve que se preocupar.

De repente um relâmpago vem a minha. O sobrenome dos advogados me lembra alguém. Eles só podem ser os pais do Yoo Jimin, namorada do Kangjoon.

― Além disso, eles entraram com um inquérito contra nós também. Alegando que estamos apenas tentando ganhar dinheiro em cima do cliente deles, afinal não temos provas que ele tocou um dedo em você. ― continua.

― Como não? ― arqueio a sobrancelha.

― Não temos provas físicas e sem o seu depoimento não tem causa. ― suspira.

― Seojoon, temos provas sim. ― sorrio, fazendo-o me encarar sem entender ― As câmeras dos corredores dos dormitórios e a minha ficha médica. Se olharem as gravações, vão ver que ele me abordou não só naquela noite, mas no meu primeiro dia no colégio também. É só pedir um mandato para ter acesso às gravações do dia do ocorrido. Se eles apagarem ou se recuserei use isso a nosso favor.

― Você é um rapaz esperto, filho. ― meu pai sorri.

― Claro que eu sou. ― me gabo ― Agora liga para seu advogado e consegue um mandato para as fitas de segurança das câmeras. Vai ter um bom material e não haverá nada que esses advogados vão poder fazer pelo cliente deles.

― Excelente, Jimin! Talvez se torne um bom político ou advogado no futuro. ― elogia, ganhando uma careta minha.

― Menos.

Ele solta um riso anasalado. Se despede e sai para telefonar para o advogado particular dele.

Antes mesmo de eu entrar na diretoria, a porta do outro lado do corredor abre. Por curiosidade olho na direção sabendo que é a sala da Dra. Nara.

Meu olhar cruza com os do rapaz moreno que está saindo da sala. O vejo esboçar um sorriso de canto de lábios. Um sorriso meio debochado.

Tudas as teorias começam a fazer sentido na minha cabeça. Park Hyungsik é o rapaz que faz terapia com a Dra. Nara e também é o ex do Taehyung.