26. Sozinha

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📌 | Boa leitura!

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🗒DULCE

Segui cada coisa da lista de condições da Alexandra. Eu iria para a Califórnia sem aviso prévio. As únicas pessoas a saberem para onde eu ia eram o meu pai, a Maite e o Christian. Meu pai também tinha que sumir e ele me garantiu que se mudaria para outro prédio antes que o Christopher retornasse da Nova Zelândia. Não podíamos abrir espaços para perguntas difíceis.

Havia acabado de colocar um novo chip no meu celular, com um número diferente. Eu só tinha que desativar o meu perfil no Instagram e garantir que qualquer imagem minha ligada ao meu nome sumisse da internet. Para a Alexandra, não bastava apenas que eu fosse embora. Ela também não queria que o Christopher me visse, algo que era doloroso de pensar, pois foi a única coisa que o motivou para realizar a cirurgia e agora ele não teria isso.

Antes de desativar a minha conta de e-mail, eu vi os dois últimos enviados por Christopher. Ele dizia que a cirurgia havia sido um sucesso e que agora ele conseguia enxergar. Ele também escreveu que queria muito me ver logo e pediu para eu respondê-lo quando pudesse, pois estava ficando preocupado com o meu silêncio.

Deixei algumas lágrimas rolarem por meu rosto e antes de me arrepender, eu apaguei os e-mails e finalmente desativei a minha conta.

Conferi minha bagagem uma última vez antes de sair do apartamento.

— Não quer mesmo que eu te acompanhe até o aeroporto? — meu pai perguntou, despertando-me dos meus pensamentos.

— Não gosto de despedidas. — eu disse. — Não vamos prolongar essa.

— Filha, eu sei que está sendo difícil, mas pense nas coisas boas que vão acontecer na sua vida. É realmente uma chance de ouro.

— Eu sei. — assenti. — Tem certeza que vai dar conta da Kitty? — acariciei a gata que estava em meu colo.

— Sim. — sorriu. — Nós nos damos muito bem.

— Assim que tudo estiver estabelecido eu venho buscá-la. E pai, por favor, não esqueça de procurar outro lugar o mais rápido possível.

— Não se preocupe.

Dei uma olhada em meu relógio de pulso.

— Hora de ir. — suspirei.

Beijei a cabeça de Kitty e depois a retirei do meu colo. Meu pai me ajudou com as malas e então nós saímos do apartamento. Quando estávamos descendo as escadas, Bob, o síndico, abriu a porta de sua casa.

— Não acredito que você finalmente vai embora. — ele disse com um sorriso no rosto.

— E o elevador? Já consertou? — fui sarcástica. — Só pra não perder o costume, vai se foder. — levantei o dedo do meio para ele.

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