18. Primeiras impressões

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🗒DULCE

Após o estranho encontro com Nadine, eu e Christopher tentamos esquecer aquilo e focar apenas em apoiar Poncho em sua nova fase. Ele contou que um amigo de Nadine também estava começando a residência naquele hospital e que por isso ela estava ali. Foi só uma infeliz coincidência.

Almoçamos os três em um restaurante e à tarde eu e Christopher voltamos para casa. Fui direto para o apartamento dele, onde passamos o resto do dia fazendo o que havíamos prometido antes de sair. A cada vez que meu corpo entrava em contato com o dele, parecia até que a química aumentava, que nos conectávamos ainda mais e que nada poderia quebrar aquilo. Era quase mágico.

À noite, o meu show aconteceria e dessa vez eu teria uma plateia um pouco maior. Meu pai e Poncho estariam lá e o meu pai estava tão animado que não parou de falar o quanto estava ansioso para me ouvir. Há anos eu não cantava para ele e talvez ele nem lembrasse mais de como soava.

Maite se deu bem com o primo de Christopher e com o meu pai logo de cara. Ela tinha um dom para socializar.

Depois de cantar as minhas músicas, eu retornei para a mesa onde os quatro estavam e sentei ao lado de Christopher, que me abraçou de lado e beijou meu rosto, elogiando minha performance como sempre fazia.

— Princesa, isso foi magnífico! — meu pai disse. — Eu sabia que você era boa, mas parece que evoluiu tanto!

— Pois é, Dulce, você é incrível! — Poncho me elogiou. — Deveria investir nisso.

— Foi isso que eu disse pra ela. — Christopher completou.

— Gente, eu ainda estou começando, não vou pensar alto.

— Com uma voz dessa eu pensaria mais que alto. — May comentou. — Sério, Dulce, você tem que confiar mais em si mesma e no seu talento.

— Eu e Christopher temos um amigo que é produtor musical. — Poncho disse, estalando os dedos como se para a memória vir à sua mente. — Bernard Hoffman. Lembra do Ben, Christopher?

— Sim, claro. Ele não está em Miami agora?

— Faz algum tempo que ele começou a trabalhar por lá, mas acho que não vai demorar muito pra que ele volte para a Califórnia.

— Bem, no que ele seria útil para a Dulce? — Christopher riu sem humor. — Ben trabalha com artistas que vivem na Califórnia ou Flórida.

— Esses artistas precisaram se mudar, é claro. Não dá pra ficar parado esperando as oportunidades caírem do céu. — Poncho olhou para todos na mesa esperando aprovação.

— É verdade. — meu pai falou. — Você saiu da nossa cidade para conseguir algo melhor e sei que tem planos para morar em outro lugar. Talvez tenha que ir para outro estado caso queira se firmar como cantora.

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